quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Feliz Ano Sempre



“Feliz Ano Novo,

Adeus Ano Velho”,

é o que todos dizem.



A canção tradicional

pede muita saúde e dinheiro no bolso.

As mulheres continuam na dúvida ao escolher a cor da roupa:

branco para paz, vermelho para paixão.

Alguns apelam para o amarelo na ânsia por mais dinheiro,

a Mega-Sena atiça o desejo de muitos.



Na praia os mesmos costumes;

flores ao mar, garrafas na areia.

Sonhos que as ondas levam,

e trazem de volta os resíduos para um amanhecer poluído.

Muitos fogos, muitos champanhes.

Multidões cheias de metas e objetivos.



Como diz o poeta uma linda invenção,

fatiar o tempo em anos é alimento para qualquer desesperançado.

Mais que uma renovação, é uma ressurreição de esperanças outrora enterradas

no tédio do dia a dia , numa rotina suicida.



Até mesmo para os moribundos,

para os famintos de dignidade,

para os aleijados emocionais,

para aqueles que nada tem a comemorar.

Todos celebram a virada do ano,

todos querem ter feliz ano novo, sempre.

Todos querem ter um ano sempre feliz.



Eu que já tive feliz ano novo, e tive também Feliz ano velho

Agora desejo que todos tenham feliz ano sempre,

mesmo sabendo que a saúde não é tão abundante e o dinheiro custa caro.

Quero que os anos tenham as cores do arco da promessa.

Que as ondas do mar não me deixem esquecer que nasci para ser sal da Terra.

As metas...bem, deixo-as para os estrategistas.

Eu vivo de propósitos e das promessas.

Promessas Daquele que fatiou o tempo para nos lembrar daquilo que nos dá esperança.



Eu já tive feliz ano novo e também Feliz ano velho.

Desejo a todos: Feliz ano sempre!