“Baleias
não me emocionam” é o título de uma crônica escrita por Lya
Luft na revista Veja.
http://veja.abril.com.br/250804/ponto_de_vista.html
Assim que li tive uma imediata identificação, apesar de nunca ter possuído animais de estimação. Lya expõe com sensibilidade a valorização do ser humano e sua condição no mundo em oposição à valorização aos animais.
http://veja.abril.com.br/250804/ponto_de_vista.html
Assim que li tive uma imediata identificação, apesar de nunca ter possuído animais de estimação. Lya expõe com sensibilidade a valorização do ser humano e sua condição no mundo em oposição à valorização aos animais.
Assim
como a cronista, eu preferia que todo esse zelo com os animais fosse
feito depois de não haver mais crianças nos faróis, adultos
famintos dormindo nas ruas, famílias inteiras morando embaixo de
pontes ou adolescentes morrendo drogados nas calçadas.
Hoje,
muitos se comovem mais com cães abandonados do que com moradores de
ruas; mendigos se tornaram tão comuns a ponto de ficarem invisíveis,
enquanto os animais não se cansam de ganhar fiéis protetores e ONGs
pelos quatro cantos da Terra.
Que os
mais entusiastas da causa não me interprete mal, sou sim a favor de
proteger e cuidar dos animais; o que está em pauta aqui é o
excesso.
Após
muitas observações pude constatar que o apego aos animais tem
crescido de forma assustadora, beirando a idolatria. Essa reflexão
ganhou força após ser testemunha de um episódio dantesco.
Há
pouco tempo em uma cidade do interior presenciei um cachorro latindo
muito próximo a um motoqueiro dificultando assim a sua passagem, um
homem que estava por perto jogou algumas pedras na direção do cão
para afastá-lo, uma típica protetora dos animais chamou a atenção
desse homem por atacar o pobre cão, o homem justificou sua atitude
explicando-lhe que o cão estava atrapalhando o motoqueiro passar, a
tal protetora retrucou: - Deixa ele.
Ficou
evidente a inversão de valores ser humano x animais. Esse “deixa
ele” pareceu-me um” dane-se”, afinal o bem estar do cãozinho
está acima do bem estar do homem, a protetora pareceu não se
importar a segurança do piloto e com a hipótese de um possível
acidente.
Minha
indignação diante de tal fato assume a forma de uma questão:
quando foi que a vida do ser humano se banalizou?
Vejo
inúmeras reportagens em TV, jornais e revistas sobre o cuidado com
os cães, eles tem salão de beleza, supermercado, festa de
aniversário, alguns donos chegam a gastar mais de R$ 1.000,00 por
mês com seu bichano, que o diga um certo jogador da Vila Belmiro, é
vergonhoso mencionar os mimos extravagantes que alguns recebem.
Como
aceitar o gasto de R$ 1.000,00 com um animal quando a maioria da
população mundial vive com menos de um dólar por dia?! E a grande
miséria brasileira?
Já
tive também o desprazer de conhecer alguém cujo pai vivia em cima
de uma cama doente e sempre que precisava comprar remédios para o
pai reclamava do dinheiro gasto, mas quando levava seu animal de
estimação ao veterinário apresentava um ar de alegria e satisfação
por atender as necessidades (?!) do cão, saindo da clinica repleto
de biscoitinhos caninos e exibindo a bela tosa que lhe havia sido
feita.
Evidentemente
a higiene do seu animal lhe trazia maior contentamento do que os
remédios para o progenitor.
Será
que a coroa da criação sobreviverá ao Planeta dos Cachorros?
5 comentários:
Adorei seu artigo...também penso a mesma coisa!!!
"cachorro apanha e continua amigo do dono", frase muito comum. o animal sofre calado porque não raciocina, uma "sociedade" covarde que não quer ser contrariada.
Perfeito. Muito Oportuno. Alguns preteriram o dia das mães, não telefonaram para sua mãe, não lhe deram um beijo, a fim de estar noutro lugar comemorando o niver de seu caozinho. lamentável. a mãe sentiu bastante. e eu indignei-me com aquela situação.
Lá no início o dono de toda crianção disse faça os o homem a nossa imagem e semelhança, e domine sobre os animais da terra, homem e mulher os criou. 1 Genesis vs 27 e 28.
1 mandamento amarás o senhor teu Deus, sobre todas as coisas.
2 mandamento, amarás o próximo como a ti mesmo.
Jesus não morreu pelos animais, mas sim por seres humanos. Se Aquele que entende bem de vida e criação segue essa lei, por que fazer diferente deles? Obviamente, estamos invertendo os valores. O a irmão merece sim aténçao, cuidado carinho e etc... Mas nunca vai ser mais importante que a vida só pior ser humano da face da terra. Lembre se que todos os seres humanos mais ou bons, são a imagem de Deus. Nem Deus os despreza, mas acredita neles e investe neles, isso e amor verdadeiro.
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