segunda-feira, 30 de maio de 2016

Sessão da Tarde


Eu queria viver uma comédia romântica
Eu queria ser a “Garota de rosa shocking”
Eu queria uma turma “Barrados no Baile”

Para “Curtir a vida adoidado”
Eu sempre achei que sair da escola seria

“O 1º ano do resto de nossas vidas”
Não Titãs, não foi a TV que me deixou burra

Foi Chronos, “O exterminador do futuro”

Que me mostrou que “nada é o que parece ser”
Eu vivi todos os sonhos adolescentes.
Escrevi meu Epitáfio.

Entre nós



Sete jovens viajam para uma casa de campo e decidem escrever cartas para o futuro. A viagem acaba em tragédia, com a morte de um dos amigos. Após uma década, o grupo volta a se reunir e revive emoções de um passado mal resolvido.
“Entre Nós” conta a historia de 7 amigos; Silvana (Maria Ribeiro), Felipe (Caio Blat), Lúcia (Carolina Dieckmann), Gus (Paulo Vilhena), Cazé (Júlio Andrade), Drica (Martha Nowill) e Rafa (Lee Taylor); que se reencontram após 10 anos, mostrando o quanto a vida muda podendo ser bastante complicada, revelando  segredos guardados durante uma década.
O filme  começa em 1992 onde o grupo de amigos está em perfeita harmonia e descontração numa casa de campo, estão felizes,  bebendo, cantando e se divertindo.
No meio de muita diversão, resolvem que cada um deve escrever uma carta para si mesmo sobre o que esperam do futuro; enterram as cartas, e decidem  que elas sejam  abertas dez anos depois.
 Felipe, Rafa e Silvana eram os solteiros do grupo. Rafa e Felipe eram muito amigos, ambos estavam escrevendo seus respectivos livros, sempre um ajudando o outro, só que Rafa já estava no fim do seu e Felipe ainda buscava inspiração. Além do trio havia os casais; Lúcia namorava  Gus, e Drica namorava Cazé.
Após o enterro das cartas para o futuro (cápsula do tempo) e  muita cantoria,  a bebida acaba. Rafa decide ir até a cidade comprar mais. Felipe decide acompanhá-lo, pois o amigo já tinha bebido muito.
Os promissores escritores conversam sobre suas obras, Rafa mostra seu livro já com final pronto. Os dois sofrem um acidente, Rafa acaba falecendo. Após a tragédia, os amigos ficam dez anos sem se ver.
O grupo só se reencontra em 2002, na mesma casa, para abrir a caixa enterrada e revelar o conteúdo das cartas.
Há uma atmosfera de suspense psicológico, algo que no decorrer das cenas vai se desenrolando. Um drama denso sobre amizade, morte e conflitos. Rafa, apesar de fisicamente ausente, é uma presença constante. Os outros personagens, bem, cada um seguiu seu destino, não vou contar, assista.
Traição, sentimento de culpa, desamor, falta de ética, desilusão com os ideais e princípios defendidos da juventude, frustração profissional e desencanto diante da vida, são questões levantadas.
No melhor estilo “O primeiro ano do resto de nossas vidas”, o cerne  do filme é a passagem do tempo, o amadurecimento, a perspectiva de futuro enquanto jovens, os sonhos que se (não) realizam ao longo desse tempo.
Quem está na fase madura da vida, vai se reconhecer em algum momento em um dos personagens. Quando o tempo passa, olhamos a juventude e refletimos sobre nossas escolhas, crescimento e (não) mudança de caráter nossa e de nossos velhos amigos.
Os segredos vão aos poucos sendo revelados até o momento da abertura e leitura das cartas. Entre os segredos estão as relações amorosas mal resolvidas entre os personagens.
O filme termina deixando um certo suspense no ar, com jeito de continuação.  

Espero que tenha mesmo, gostei do roteiro. 

domingo, 22 de maio de 2016

Somos médicos e monstros


Lembrei esses dias da obra "O médico e monstro" de Robert L.Stevenson. Um clássico da literatura. Um homem com dupla personalidade. Uma é um ilustre médico, filantropo respeitado, exemplo de conduta. A outra é a do hedonista, que busca o prazer carnal, que comete crueldades e vilanias, sem responsabilidades. Há uma poção que permite a transmutação entre as personalidades. Essa obra mostra que todo ser humano tem dentro de si algo vil e asqueroso, da própria natureza humana. O bem e mal coabitam em todas as pessoas. O médico ao tomar a poção pensa ter controle do mal que o habita, mas a cada dose, o monstro toma conta de uma porção maior da sua vida, deixando a personalidade do médico mais ausente.
Todos nós somos médicos e monstros. Como médicos, cuidamos e ajudamos a curar uns aos outros, mas temos também o monstro dentro de nós, que fere quem está ao redor e ferimos a nós mesmos quando nos deixamos levar pela "poção" (pecado) na ilusão de que temos o controle (auto-suficiência).
Meu desejo para toda a vida é que nós não nos deixemos seduzir pela poção, que possamos ter consciência do monstro dentro de nós, cuidando para que ele apareça o mínimo possível. Desejo que nos possamos ser mais médicos do que monstros. E creio que isso só é possível por meio Dele, o antídoto da "poção".

Ouça essa música e perceba como a letra expõe a natureza ambígua do ser humano e o remédio para o mal que nos habita:







sábado, 21 de maio de 2016

FÉ E RAZÃO


A sociedade pós-moderna diz que a fé cristã é irracional, porém o fato é que essa sociedade também tem suas crenças não comprovadas e irracionais.
As crenças que dão à vida humana razão, direção e propósito, não podem ser provadas pela razão ou ciência. Como diz o crítico literário Terry Eagleton “Cremos em muitas coisas para as quais não há nenhuma justificação racional incontestável, mas ainda assim, faz sentido acalentá-las.”
Um bom exemplo são os ateus, eles crêem que suas convicções são confiáveis, então, quer eu pertença a uma religião, quer seja agnóstica ou ateia, posso ter uma firme convicção de que aquilo em que creio é confiável, mesmo que tal crença não possa ser provada.
Para o cristão a fé não é algo meramente cognitivo, mas também relacional e existencial. Isso significa que para o cristão não é somente uma questão de lógica e dedução, envolve algo mais que a racionalidade.
O filósofo austríaco Ludwig Wittgenstein disse que jamais conheceu alguém que acreditasse em Deus porque tivesse se deixado convencer por argumentos.
Existe uma enorme diferença entre a aceitação racional e a conversão que gera uma transformação pessoal. As pessoas não se convertem pela argumentação, mas quando compreendem a glória de Deus, ou então pelo encontro direto ou experiência com Ele.
Apesar do argumento racional não gerar a fé, a racionalidade faz uma espécie de “manutenção” da fé, geralmente aquele que possui fé busca entender sobre aquilo que crê. No caso do cristão, há uma sede do conhecimento de Deus, da sua Palavra, tudo isso permite que a fé amadureça mediante o conhecimento racional em conjunto com a fé.
Anselmo de Cantuária tinha como marca a “fides quaerens intellectum”(“fé em busca de entendimento”) que, para ele, significava “um ativo amor de Deus em busca de um conhecimento mais profundo de Deus”. Ele escreveu “Não busco entender para crer, mas creio para que possa entender. Por isso, também, acredito que, a não ser que eu primeiro acredite, não serei capaz de entender”. Esta frase foi possivelmente inspirada por Santo Agostinho que escreveu em um de seus tratados: “Portanto, não busque entender para que acredite, mas acredite para possa ser capaz de entender”. Anselmo defendia que a fé precede a razão e que a razão pode expandir a fé.
Lógica e fatos respondem determinadas questões e tem um limite, a razão não é capaz de explicar tudo, fica devendo no que diz respeito aos anseios mais profundos do ser humano, sobre “a vida como ela é” e seus desdobramentos. Sem fé e sem todas as questões respondidas pela razão, muitos se tornam céticos.

Quem diz algo sobre isso é o escritor G.K Chesterton em sua obra Ortodoxia:

“Para responder ao cético arrogante, não adianta insistir que deixe de duvidar. É melhor estimulá-lo a continuar a duvidar, para duvidar um pouco mais, para duvidar cada dia mais das coisas novas e loucas do universo, até que, enfim, por alguma estranha iluminação, ele venha a duvidar de si próprio”

As observações vão se acumulando em uma sequencia, suscitando uma indagação mais profunda, às vezes nos sobrevém como um raio, num ato de insight. Antes que o cético seja “atingido” por esse raio, que é a Revelação, ele é seduzido por diversas outras crenças e teorias que não dão suportes sólidos para a existência.
Uma das crenças que vemos hoje é a de que uma sociedade sem religião é isenta dos males que presenciamos, é a utopia de um mundo totalmente livre, de que quando a “fé cega” for eliminada dará lugar ao mundo justo e igualitário.
Essa visão ingênua conduz à utopia política, que não reconhece bem a profunda ambiguidade da natureza humana com real capacidade tanto para o bem como para o mal.
E enfim quando essa ingênua racionalidade humana ceder espaço para a fé, o cético perceberá o engano sobre muitos conceitos considerados inteligentes e concluirá que a fé cristã não é inimiga da razão, mas sim uma grande aliada.

Referências:
McGrath, Alister. Apologética pura e simples. Edições Vida Nova. 2013.
Chesterton, G.K. Ortodoxia. Mundo Cristão. 2008.


QUEM QUER SER UM MILIONÁRIO?


A história filme começa perguntando como um menino da favela conseguiu chegar ao topo do jogo televisivo que dá título ao filme. E logo em seguida já mostra o rapaz sendo torturado. Todo mundo quer saber, como alguém totalmente desprovido de qualquer educação, conseguiu chegar tão longe no programa.  Seria o jovem um sortudo? Um gênio? Um trapaceiro? Para responder às perguntas, Jamal conta a história de sua infância. Órfão muçulmano, ele cresceu ao lado do irmão Salim e da pequena Latika, por quem nutre uma paixão protetora desde pequeno.
Aos poucos cada pedacinho da trama se encaixa, revelando um quebra-cabeça.
Os três tiveram uma infância difícil, vivendo praticamente na miséria, correndo riscos de vida e sem dúvida nenhuma com muito sofrimento. Eles se desencontram e Jamal quer muito reencontrá-los
Salim, irmão mais velho de Jamal prefere encarar a vida pelo lado mais fácil, se torna bandido. Latika, não tendo escolhas e sendo forçada, fica com um gangster (um mafioso) na cidade de Mumbai ou Bumbai que é para quem Salim realiza quaisquer tipos de trabalho criminoso. Os dois irmãos cresceram no mesmo ambiente de miséria com uma educação precária, mas tiveram escolhas diferentes, Salim partiu para a criminalidade, pois era ambicioso e gostava de dinheiro fácil, enquanto Jamal só pensava em encontrar Latika e se tornou um cidadão sociável e pacifico na sociedade. Jamal começa então a trabalhar de servindo chá numa empresa de atendimento ao cliente, onde vê o anuncio desse programa de perguntas (Quem quer ser um Milionário?)  e decide participar, não para ganhar dinheiro, mas porque tinha certeza de que Latika iria assisti-lo.
Então começa a serie de perguntas, por incrível que pareça Jamal sabe a resposta de todas, tudo o que aconteceu em sua infância se transforma em algum tipo de conhecimento, Jamal se torna o único a vencer o programa e sair com 20 milhões de rupias (dinheiro indiano).
No final do filme, Salim permite que Latika fuja para viver uma vida feliz com Jamal, em consequencia disso é morto com vários tiros. Jamal se encontra com Latika, a razão pela qual entrou no programa, e assim o filme acaba.
Esse filme nos leva a pensar que não estamos presos ao determinismo. Podemos ter escolhas, de superar as dificuldades, creio que somos seres transcendentes.
Entre outras coisas, tudo o que nos acontece tem um propósito.

E também me fez lembrar de uma música de Stênio Marcius:

“Minha vida é obra de tapeçaria
É tecida de cores alegres e vivas
Que fazem contraste no meio das cores
Nubladas e tristes

Se você olha do avesso
Nem imagina o desfecho
No fim das contas
Tudo se explica
Tudo se encaixa
Tudo coopera pro meu bem”


(O Tapeceiro)

À ESPERA DE UM MILAGRE


Na década de 1930, no corredor da morte em Louisiana, temos a história da relação entre Paul Edgecomb (Tom Hanks), o chefe de guarda da prisão, e um de seus prisioneiros, John Coffey (Michael Clarke Duncan)
Durante anos, Paul anda por esses corredores acompanhando um grande numero de presos. Mas nunca antes conhecera alguém como John Coffey, um negro enorme condenado por ter matado brutalmente duas garotas. Mas, o tamanho e aparência de Coffey impediam que as pessoas vissem a grandeza e bondade de seu coração. Além de sua natureza simples e ingênua (tinha medo do escuro), o preso possuía um dom sobrenatural. Através deste dom foi capaz de ressuscitar um rato só pra não ver o prisioneiro ao lado (dono do rato) chorando. Com este mesmo dom curou o próprio Paul de uma forte infecção urinária que lhe causava muitas dores, curou também a esposa do amigo de Paul  de um com câncer terminal. Enfim, um homem diferente, extrarordinário, e estava ali esperando a sua sentença no corredor da morte. Paul começa a questionar como pode? Eu não acredito! Um homem como Coffey não podia ser o culpado do assassinato das duas meninas.
Quando Coffey foi levado para a cadeira elétrica, não estava chorando, mas sorrindo dizendo que brevemente estaria melhor. Ao chegar até a cadeira, antes da execução o chefe perguntou se  ele  tinha algo para dizer aos presentes. Ele apenas disse: “Desculpe-me por ser o que sou”.
Um dos soldados que estava apertava os cintos na cadeira não conseguiu controlar suas lágrimas, ao ver um homem bom e inocente ser condenado à morte.
Coffey foi julgado  pelo crime de duas meninas, que foram encontradas mortas em seus braços, aparentemente ele foi pego em flagrante, mas não havia provas contra ele. E agora estava esperando a cadeira elétrica.
John Coffey era um homem dotado de um dom sobrenatural incapaz de ser visto por aqueles que não enxerga além das aparências. Mas Paul  viu em Coffey um homem diferente, com um coração enorme e o dom de realizar milagres. Paul num momento do filme  diz:  “O que irei falar para Deus quando encontrá-lo no julgamento final, que matei um de seus milagres?”
Muitas vezes nos deparamos com pessoas que aparentemente não mostram o seu potencial, o seu real valor, e julgamos pelo que vemos, sem saber que com as nossas atitudes estamos matando um milagre de Deus.
Assisti ao filme já faz um tempinho, mas tem uma passagem do filme que sempre me vem à mente: a cena em que o personagem de Tom Hanks se aproxima da cela em que o preso John Coffey está, o prisioneiro pede para segurar a mão do policial e este o faz. No momento em que as mãos se tocam há uma explosão de faíscas, para marcar o que vem a seguir. A cena seguinte se passa num plano paralelo, em que o prisioneiro por meio do contato físico mostra a Paul o que ele enxerga no mundo, são cenas de muita crueldade, mostra pessoas cometendo atrocidades, homicídios, entre outras maldades. Essa é uma forma do prisioneiro dizer ao policial porque prefere ir para o corredor da morte, em outra cena mostra John Coffey confessando estar cansado e que seria um alivio poder ser tirado deste mundo. Após esse contato sobrenatural, Paul passa a enxergar o mundo sob a ótica de John Coffey e compreende o que realmente estava acontecendo naquele presídio.
Fazendo um paralelo com a cena do filme, muitas vezes tenho o desejo de possuir o dom de transmitir a muitas pessoas o que vejo, principalmente no campo espiritual. Pois fico triste em notar que muitos vivem como se só existisse o aqui e agora, muitos ignoram o fato de haver Vida além da vida.
Vivem no melhor estilo “Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos!” (Isaías 22:13).
Sei que não posso fazer o que o personagem fez, mas pelo menos posso dizer, e sempre é tempo de dizer para  todos que não tem a visão  da eternidade que:


“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (1 Coríntios 2:9)

Metanoia


“Só me arrependo do que eu não fiz.” Mais uma frase de efeito que circula há tempos na boca dos insensatos. E em tempos de tecnologia, também pelas redes sociais.
Levando em consideração que normalmente quem diz isso, está querendo dizer que lamenta não ter dado mais asas aos seus desejos, de não ter se entregado as suas vontades, de não ter aproveitado certas oportunidades e de fazer coisas que lhe dariam prazer.
Não se engane meus caros, muitas dessas oportunidades que você não aproveitou eram pura cilada, não digo todas porque temos que considerar as hipóteses, o “se”. Temos a tendência de considerarmos aquilo que não aconteceu pelo lado positivo: “se” tivesse acontecido X eu ficaria
 bem, “se” acontecesse Y estaria melhor agora.
Mas pense bem, quando escolhemos um caminho, geralmente não conhecemos tudo o que se encontra pelo trajeto, as circunstâncias podem sair do nosso controle, e os resultados podem não ser o que imaginamos. As hipóteses são enganosas.
Então lamentamos a oportunidade perdida, sem saber ao certo o que nos aguardava no fim da estrada. Enquanto isso muitos lamentam é ter decidido trilhar tal caminho, pois no fim da estrada havia males que a insensatez não previu.
Então temos dois tipos de arrependimento, o da abstinência, aquele que não vivemos e deixamos escapar e temos o arrependimento de ter feito algo que nos trouxe males.
Qual deles você acha que é pior? Qual deles acha que pesa mais?
A diferença entre o arrependimento pela abstinência (o que deixamos de fazer) e arrependimento provocado pela culpa (a consciência das más escolhas) é a sobre o que perdemos ou não.
O arrependimento pelo que não fizemos não conhece exatamente o que perdeu, se é que perdeu mesmo! O arrependimento pela culpa sabe tudo, sabe o que tinha pelo caminho e suas consequências, sabe que perdeu coisas irrecuperáveis, como por exemplo, o tempo, um dos únicos recursos não renováveis.
Arrependimento pelo que fizemos, aquele que a acompanha a culpa (o reconhecimento do erro) é o genuíno arrependimento, aquele que pesa o coração e nos direciona a mudança.
Antes de sair por aí dizendo que se arrepende do que não fez, arrependa-se de dizer tal coisa.


Arrependimento= mudança. Apenas uma reflexão.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Banda Steiger Brasil


A banda Steiger Brasil não é nada convencional. Imaginem pessoas vestidas com trajes vitorianos, usando uma maquiagem teatral e máscaras, num palco cheio de parafernália, com correntes e até um andaime. Um verdadeiro espetáculo!
O grupo faz um som que mistura rock, teatro, pirotecnia, jogo de imagens e ótimas letras para transmitir a mensagem da Cruz, explicitamente encenada nos minutos finais. No show que apresentam as músicas são escritas pelos próprios integrantes, que formam um espetáculo com começo, meio e fim. O foco do trabalho da banda não é o público cristão, mas todos os jovens que abraçam uma cultura global secularizada, no meio da qual a igreja se tornou uma instituição irrelevante. O grupo toca nas casas de show mais variadas das capitais brasileiras, onde poucos cristãos teriam coragem de pisar.
Formada em 2010, é  parte do projeto No Longer Music (NLM) que começou em Amsterdã, Holanda, em 1985. Tem alcançado um público cada vez maior. Desde o início, o projeto vem entretendo plateias do mundo todo com sua integração inovadora e radical de música ao vivo, artes visuais e performance impactante.
A Banda reúne em cena músicos e atores interagindo com vídeos, dança e efeitos especiais, sincronizado num cenário elaborado e com linguagem moderna. Seu rock eletrônico experimental e seu figurino, inspirados em elementos que vão desde o steampunk ao industrial e circense, cria um show com dinâmica e movimento do começo ao fim, atraindo todos os tipos de público. Sua performance trata de temas importantes da atualidade, com uma mensagem que incentiva a conscientização e a reflexão.
Após a formação, a banda passou um ano no processo criativo e começou 2011 já lançando uma demo e levando a performance para públicos da grande São Paulo e de outros estados. O inicio de 2012 é marcado pelo lançamento do EP “Não era isso que eu queria” e uma agenda bem interessante, que inclui casas de show renomadas de São Paulo (como Hangar 110).
O seu segundo EP – Supersomos –, foi gravado no começo de 2014, a ideia desse trabalho foi revisitar o melhor do primeiro EP e estabelecer uma identidade mais definida para a banda. Conta com quatro faixas inéditas em uma sequencia conceitual, em que se busca questionar a condição humana, desde sua origem até suas escolhas mais conscientes.
Munido de seus cenários móveis – instalações artísticas, telas de vídeo e estruturas de efeitos especiais, a banda já se apresentou em várias casas de show de São Paulo e do Brasil, gravou videoclipes e saiu em turnê por países como Finlândia, Rússia, Portugal e Chile. Após cinco anos, em 2015 a banda passou por uma  fase de mudanças, integrantes saíram e outros entraram. E isso em nada comprometeu a atuação, pois tive o privilégio de presenciar a transição da banda, assisti ao último show com a formação original e ao primeiro com a nova formação. Shows impecáveis!
 Aproveitei a presença nos shows para conversar com os integrantes da formação original que saíram para novos projetos.
Luke Greenwood e sua esposa Ania saíram do Brasil para participar  de projetos na Polônia. Verônica Nobili, é atriz e dubladora, e agora se dedica mais em  projetos que integram o teatro e dublagem.
A banda faz parte da base brasileira da Missão Steiger Internacional em São Paulo.
Há mais de 20 anos, o ministério “No Longer Music”, tem alcançado jovens de um contexto urbano e secularizado na Europa, América do Norte e do Sul, Austrália e Ásia. O show mistura música ao vivo e produção teatral demonstrando por meio de letras reflexivas a morte e ressurreição de Jesus para o público secular.
O berço da banda
O Steiger Internacional, organização missionária presente em 8 países em 5 continentes diferentes, se dedica a alcançar e discipular a cultura jovem global com o amor de Jesus.
Steiger usa arte, musica e criatividade para apresentar Jesus de maneira clara e relevante para a cultura jovem global secularizada, estabelecendo-se em longo prazo nos centros urbanos pelo mundo, inserindo-se de forma engajada, demonstrando o amor de Jesus, discipulando e plantando igrejas.
Steiger compartilha do interesse de Deus pela cultura jovem global, que tem sido alvo fácil de valores, lendas e símbolos promovidos pela indústria do entretenimento. Esse fator, combinado com a falência da estrutura familiar, tem levado milhões de adolescentes e jovens adultos a um vazio interior, à ira e ao desespero. Esta geração emergente – aproximadamente 1 bilhão de pessoas – constitui o maior grupo de pessoas não alcançadas pelo Evangelho. De muitas maneiras, a Igreja se tornou culturalmente distante e aparentemente irrelevante para suas vidas. Eles tem uma falsa ideia de quem é Jesus.Estão buscando por significado e propósito, mas dificilmente procurarão pela Igreja para encontrar isso.
Através da música, mídia e várias formas de arte,  Steiger leva o Evangelho em lugares fora da Igreja, onde equipes missionárias convencionais raramente vão.
Atualmente o Steiger tem equipes missionárias estabelecidas em diversos países do mundo, contando com apoio de pessoas em vários campos de atuação.

Para conhecer melhor a banda Steiger,  a Missão Steiger e demais projetos envolvido acesse as redes sociais e sites, você ficará por dentro de tudo o que acontece e das histórias incríveis sobre a recepção do Evangelho nos diversos shows que a banda faz.
Links :

Outros projetos da Missão Steiger Brasil:

Igreja Projeto 242 http://projeto242.com/



O importante é ser feliz?!


Mais um dos inúmeros clichês que o mundo grita. Infelizmente é bem convincente, lamentável! Uma rápida pesquisa no Google me diz que há livros, discos, músicas, palestras, uma infinidade de coisas com esse slogan.
Devo dizer que durante certo tempo acreditei nisso; era imatura, e essa ideia contamina tudo ao nosso redor; novelas, propagandas, filmes, revistas; tudo nos diz direta ou indiretamente que o nosso objetivo maior na vida é a felicidade. E lá vamos nós, bobocas, correr atrás do vento, quer dizer, da felicidade.
Não acreditava em felicidade, ou melhor, achava que isso não era pra mim. Observava as pessoas à minha volta conquistando seus objetivos; casar, ter filhos, casa própria, pós graduação, viagem ao exterior, etc etc etc.
E eu sempre na mesma vidinha, trabalhando pra sobreviver. Na verdade eu não buscava ser feliz, porque simplesmente não acreditava ser possível. Até que me disseram que ser feliz é se sentir bem, sentir prazer, alegria momentânea.
A felicidade é muito confundida com hedonismo,  fui mais uma vítima dessa confusão. Então comecei a buscar a felicidade, quer dizer, o hedonismo.
Por muitos anos, minha juventude foi correr atrás do vento, quer dizer, da felicidade. O hedonismo parecia mesmo ser o caminho.
Uma garota inconsequente, sem grandes planos para o futuro, vivia o lema “deixa a vida me levar”.  Estava anestesiada pela falta de esperanças numa vida melhor. Essa desesperança me fez crer que meus sonhos não eram possíveis, e pensava:  já que não posso realizar meus sonhos, vou viver intensamente, “vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir”.
Ah, os “tempos modernos”!
Uma vida social agitada dava a sensação temporária de buraco preenchido.
“Curtia a vida adoidado”, namorava, badalava, resumindo:  uma vida cheia de paixões frívolas.
E essa tal felicidade nunca chegava, comecei a desconfiar.
Levou mais um bocado de anos para descobrir que hedonismo não era felicidade.
E mais ainda  para perceber que o importante não é ser feliz.
O hedonismo como um fim em si mesmo é uma das mais eficazes formas de anestesia moral e, por conseguinte, da degradação existencial.

Hoje eu não acredito que o propósito da vida é ser feliz. Segundo o que o mundo diz o que é felicidade: uma vida de satisfação e conquistas.

A  conquista de  metas e a realização de  objetivos não  suprem  as fomes essenciais do ser humano e os reais anseios do coração.   Isso explica por que o mundo está cheio de gente infeliz sem saber o motivo, ou, pior, gente infeliz que acredita ter tudo para ser feliz e não é. Alcançaram suas  metas, mas isso não bastou. Concretizaram seus objetivos, mas isso não satisfez.   Realizaram seus desejos, mas isso de nada adiantou. A razão é simples, o sentido da vida é muito maior que a nossa felicidade.
O propósito de sua vida é muito mais que a realização pessoal. Fomos feitos para algo maior.
Vejamos; uma faca foi feita para cortar, então, ela cumpre seu propósito cortando algo, ainda que seja utilizada para outros fins. O sentido da existência de um remédio é a cura, então ele cumpre sua função curando. O propósito do veneno é matar, se não matar não  há razão de existir.

E o propósito do ser humano?
Qual o sentido da sua existência?

Não tenho a intenção de dar respostas para  ninguém, cada um tem sua filosofia de vida e crenças. Só queria dizer que eu encontrei o sentido/propósito da minha vida. Acredito que enquanto não sabemos qual a razão da nossa vida, ela fica girando em torno da busca pela tal felicidade. Sem um sentido para a vida estamos condenados a viver no hedonismo, correndo atrás de metas, objetivos, tentando agarrar o vento.




domingo, 8 de maio de 2016

A etiqueta da alma

Vivemos em tempos em que desonrar as pessoas publicamente virou rotina. As redes sociais escancaram o que antes era restrito às conversas de boteco.
Numa cultura em que focalizar as falhas alheias e denunciá-las é enfatizada, falar sobre honra parece um tanto quanto retrógado. A questão é ética, e atemporal.
Não ferir a dignidade de uma pessoa perante tanta facilidade requer uma dose cavalar de autocontrole (temperança) e uma conduta ética que ultrapassa o senso comum. O apelo que se faz por meio de piadas é sutil, e de piada em piada jogamos lama nas pessoas.
Ainda mais quando a atitude da pessoa em questão fere nossos valores e a indignação atropela o bom senso.
É tentador demais falar mal de quem nos feriu seja direta ou indiretamente, uma vingança saborosa. E é mais cômodo também usar o “Argumentum ad hominem” (em latim, argumento contra a pessoa) em discussões políticas e/ou teológicas. Vejo isso nas redes sociais o tempo todo!
Pessoas públicas são alvos mais comuns devido à vulnerabilidade por sua exposição constante na mídia. É claro que pessoas não famosas também são atacadas, em menor escala, mas todos são alvo dessa postura que intoxica as redes sociais.
Ouvi dizer que há culturas em que as pessoas são menos mal educadas ao externalizar suas frustrações. Apesar de raro, aqui também há pessoas assim; elegantes no trato com as falhas alheias. Não usam de palavras torpes, fazem suas observações de forma polida, usando eufemismos, metáforas e outras figuras de linguagem, afinal porque não usar um recurso tão rico em nossa comunicação?!
André Comte-Sponville em seu “Pequeno tratado das grandes virtudes” diz que a polidez é mãe das virtudes. Segundo Sponville: “A polidez é a primeira virtude e quem sabe, a origem de todas.”
Polidez: Postura, comportamento, do que é gentil, que demonstra gentileza, cortesia ou civilidade. Na Linguística: discurso que demonstra cortesia, gentileza, através do uso de expressões que suavizam a autoridade imperativa do locutor.
Penso, se essa virtude fosse mais valorizada e buscada, a internet não estaria infestada de tantas publicações agressivas, muitas vezes disfarçadas de humor. Essas atitudes demonstram uma falha na moralidade pessoal,
Há quem diga que os políticos, e alguns governantes merecem o desrespeito sofrido, pois foram seus próprios comportamentos que geraram a animosidade. Concordo que alguns políticos não se fizeram respeitar, perderam autoridade moral diante da população. E eu mesmo já desrespeitei alguns.
Mas não é disso que estou falando, estou falando de uma disposição em se cultivar tal virtude, e uma vez interiorizada a questão do “eles deram motivos” se torna secundário. Pois desrespeitar a honra e dignidade alheia significará trair nossos princípios. Nesse momento a questão não é mais o que “eles fizeram” para sofrer desonra, mas sim o que “eu faço”.
Quando e “se” chegarmos a esse nível, talvez tenhamos subido um degrau na evolução, talvez...


 “Boas maneiras precedem e preparam o caminho para as boas ações. A moralidade é como a educação da alma, uma etiqueta da vida interior.” André Comte-Sponville

domingo, 1 de maio de 2016

A vida (não) é feita de escolhas!

A vida é feita de escolhas, mais uma das frases de efeito repetida milhões de vezes. Durante certo tempo acreditei nisso, seriamente. Cria que tudo o que me acontecia ou era escolha ou desdobramento das minhas escolhas.
Enfim, cheguei à conclusão que não é bem assim. Como concluí isso? Ora bolas, pensando, vem comigo!
Eu não escolhi o local do meu nascimento, portanto, não escolhi minhas condições financeiras, minha cultura e meu idioma. Não escolhi o meu nome e sobrenome, não escolhi quem seria minha mãe e meu pai. Não escolhi minha família, as pessoas com quem eu mais convivi e, portanto não escolhi as maiores influencias da minha formação. Também não escolhi a escola que estudei, não escolhi os professores, muito menos meus colegas de classe.
A psicologia diz que a formação da personalidade começa no nascimento e vai até os 5/7 anos (depende da teoria).
A formação da personalidade tem início a partir do nascimento. Assim, os primeiros anos de vida de uma pessoa são decisivos para a gênese de sua futura personalidade. Neste período são delineadas as principais características psíquicas, a partir da relação da criança com os pais, pessoas próximas, objetos e ambiente. Resumindo, minha personalidade foi formada baseada em fatores que não foram minhas escolhas!
Além disso, também teve diversas  situações  que eu não escolhi; algumas doenças que tive e circunstâncias da minha vida que não foram minha escolha. Eu poderia continuar enumerando várias coisas das quais eu não tive  escolha, porém creio que você já entendeu o raciocínio.
Sim, na vida existem escolhas, muitas. No entanto nem tudo são escolhas.
Agora que já falei das minhas não-escolhas, vou falar das minhas escolhas.
Eu escolhi não ser vitima das circunstâncias, eu escolhi superar os obstáculos que a vida me impôs, eu escolhi que as dores do mundo não vão me derrubar. Eu escolhi escrever uma história que seja inspiradora, que seja modelo. Ainda estou no meio do caminho, mas escolhi não desistir nunca.
No fim, a escolha mais importante é a minha reação, meu posicionamento. O que eu faço diante do que me acontece, essa é a escolha mais valiosa e mais forte que as não-escolhas.