Imagens do filme "O último samurai" (clique na foto e preste atenção na sequencia das cenas). Pesquisando
sobre esse filme, percebi que nenhuma resenha fala sobre o tema que mais me
chamou a atenção.
O personagem de Tom
Cruise (capitão Nathan Algren) após uma batalha é capturado pelos inimigos e é
levado para a aldeia deles. Uma mulher
fica encarregada de cuidar do capitão enquanto ele se recupera dos ferimentos.
Nathan antes de ser capturado na batalha matou o marido dessa mulher, e ele
fica sob os seus cuidados. A viúva o alimenta, cuida dos seus ferimentos, o
abriga em sua casa com seus filhos, tendo motivos para odiá-lo. Imagine a dor dessa
mulher, cuidar do assassino de seu marido! Essa postura fazia parte da cultura
de seu povo, então mesmo sendo um grande sacrifício e ainda de luto, ela segue
com o desafio.
Até o fim
do filme, a repulsa pelo assassino se transforma. Pois quando você conhece de
perto, muito de perto aquele quem lhe fez mal, convive a ponto de conseguir
conhecer seus pontos vulneráveis para se vingar, então nesse momento você
também aprende a amar até mesmo quem lhe feriu. Se isso não acontecer o inimigo
pode ser você mesmo. Significa que o mal venceu, uma evidência de que o mal o penetrou
interiormente.
É humano
querer se distanciar ou até mesmo se vingar de quem nos causou dor. É sobre
humano suportar a dor e sobrenatural retribuir o mal com o bem.
Meu desejo:
Que eu seja como o sândalo que perfuma o machado que o feriu.
"Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem. "