Vivemos a era da
descartabilidade, das relações fugazes. Vivemos dias tão fúteis em que se pode
“fisgar” alguém apenas pela configuração exterior.
Tanto homens quanto mulheres usam
estratégias que enaltecem sua aparência para atrair parceiros. São selfies com
bico de pato (mulheres) ou na frente do espelho da academia (homens) que
infestam as redes sociais. Vou concentrar esse texto no sexo feminino.
A frivolidade das mulheres é
espantosa! Desculpe-me amigas, mas sou rodeada por banalidades femininas.
Não quero cair naquele no velho
clichê de “o que importa é a beleza interior”, não é isso. A questão é que vejo
poucas mulheres se dedicaram ao crescimento emocional, espiritual e intelectual
da mesma forma que se dedicam aos outros assuntos (cabelos, maquiagem, sapatos,
baladas, homens etc). Acredito que uma mulher deveria ter interesse em
desenvolver-se em diversas áreas. Às vezes tenho dúvidas se sou mesmo mulher,
pois sinto enfado quando os assuntos tipicamente femininos se estendem em
demasia.
Há um tipo específico que me
chama a atenção, é a sedutora, a Dalila, a “femme fatale”.
Confesso que já tive vontade de
ser essa figura, aquela que é capaz de deixar um homem aos seus pés num piscar
de olhos. Aquela que todos viram o pescoço quando “desfila”, ela recebe mil
curtidas e inúmeros comentários masculinos do tipo “gata” ou “linda” em suas
fotos.
Tenho observado inúmeras dessas
fêmeas nas redes sociais, e meu Deus! Melhor nem comentar o que vejo, é
deprimente o que fazem para chamar a atenção.
Com o passar dos anos desisti de
ser apenas uma fêmea, descobri que é fácil ser uma mulher fatal. Maquiagem,
roupas provocantes, salto alto, alguns itens que colaboram para ser sensual e
despertar o desejo masculino e a inveja das mulheres. O prazer da
sedução casual e descompromissada é efêmero. E cá entre
nós, aquele que se deixa enlaçar por um decote não é digno de ser chamado
homem. Como confiar em quem é dominado por tão pouco?!
A fêmea, que se deixa levar
por seus instintos, também entra numa espiral contínua de
concupiscência e sem se dar conta que faz de seu corpo uma praça
pública.
Ah, mas eu quero mais, muito
mais! Quero ser mulher de verdade e não apenas uma fêmea. Quero ser uma mulher
virtuosa, isto é, cheia de virtudes. Ainda não sou quem eu gostaria de ser, mas
estou buscando uma beleza além do espelho, quero ser atraente de outra maneira.
Não afirmo que devemos ser
negligentes com a aparência, no entanto busco ter virtudes que serão
reconhecidas em longo prazo, que serão admiradas mesmo quando estiver cheia de
rugas e com os cabelos todos brancos, uma mulher virtuosa investe na beleza
atemporal.
Uma mulher virtuosa é reconhecida
mesmo quando estiver impossibilitada de desfilar seus atributos físicos.
A fêmea pode até deixar um homem
louco, mas a mulher virtuosa ganha sua admiração por muito tempo.
Uma mulher virtuosa tem fibra, um
caráter lapidado, é leal, tem um coração generoso, é prudente, possui um jeito
esperançoso de enxergar a vida apesar das suas mazelas. São essas virtudes que
marcam especialmente nossa passagem por essa vida. Uma mulher virtuosa causa um
impacto duradouro na vida das pessoas que a cercam, deixa uma marca indelével
naqueles que a conheceram.
Tenho como prioridade preparar
meu coração para o Senhor, ser bela aos olhos Dele.