Tenho pensado como a democratização da
escrita tornou a atividade banal e pouco valorizada, situação agravada com as
redes sociais. Hoje em dia, qualquer um pode se dizer escritor. Inclusive há
diversos escritores/poetas de rede social que tem livros publicados.
Por azar, temos leitores com pouca
habilidade para discernir o que é "isto ou aquilo". A deficiência na
educação e cultura gerou leitores anoréxicos, não conseguem avaliar uma obra
literária fruto de "inspiração e transpiração" daquela fortuita.
Também o hábito de leitura mudou, lê se mais, porém a qualidade dos textos tem
piorado.
A arte da escrita está banalizada, é um
fato, prova disso são os inúmeros livros de (sub) celebridades que nada têm a
dizer e enchem as páginas com clichês ultrapassados e besteirol. Eles têm como
aliados além das redes sociais, os programas de TV e a fama, mas talento
literário de fato está escasso. Para comprovar o que digo basta visitar uma
livraria e observar a seção "lançamentos" e a de "mais
vendidos".
São livros rasos, que visam o lucro e
mais fama, conteúdos superficiais para gente superficial. Essa geração mimada
da sociedade líquida ainda não entende que uma boa escrita é feito de sangue,
suor e lágrimas.
Escrever é sangrar.