da geração Coca-cola e hoje
meninos e meninas se perguntam:
Será que haverá outro poeta? Será?!
Um vento no litoral nos traz a indignação:
Que país é este?
Mais parece um faroeste caboclo do que propriamente uma nação.
Pais e filhos não se entendem,
não há relacionamentos como o de Eduardo e Mônica,
parece que toda essa luta juvenil foi tempo perdido.
Na minha cabeça aparece a palavra tempestade
vinte e nove vezes a cada vinte e nove segundos,
essa ausência é quase sem querer uma perfeição;
nosso Renato se encontra num equilibrio distante
como no teatro dos vampiros.
Podemos comparar a Legião ao descobrimento do Brasil.
Agora somos soldados sem capitão,
índios sem chefe,
não temos mais músicas para acampamentos .
E só por hoje não quero
um dia perfeito, estou em mil pedaços e
por enquanto trago no coração a certeza de que
ainda é cedo!
P.S: Esse texto foi escrito em outubro de 1996 em ocasião da morte de Renato Russo.
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