Virtude é uma palavra que tem origem no
latim “virtus” (“força moral, valor, hombridade”). Hoje o significado de virtude está mais
ligado ao de uma qualidade manifestada por um indivíduo.
As virtudes fundamentais na conduta do
ser humano são; prudência, justiça, fortaleza e temperança. De certa forma
essas virtudes estão interligadas
A PRUDÊNCIA é a capacidade que algumas
pessoas têm de analisar as variáveis existentes e avaliar suas possíveis
consequências antes de adotar uma atitude. Virtude essa que requer calma,
ponderação, sensatez, paciência ao tratar de assunto delicado ou difícil.
A JUSTIÇA é dar ao outro o que é lhe
devido, isto é, castigo ou recompensa, conforme merecimento, para agir com
justiça é necessário ter prudência.
A FORTALEZA é a disposição para combater
o que deve ser combatido, para isso é preciso prudência e justiça para
discernir o que se deve combater e também discernir quando e como resistir ou
atacar.
A TEMPERANÇA (do latim: “temperantia” /
“temperare”, "guardar o equilíbrio") é caracterizada pelo domínio de
si e pela moderação dos desejos e instintos. Essa virtude nos permite
autodomínio, disciplina. Creio que essa virtude é uma mistura das anteriores. O
fruto da temperança é uma conduta equilibrada entre os desejos e instintos
humanos e o dever para com a sociedade (os outros).
Buscar e aprimorar as virtudes fundamentais
traz certa consciência sobre o efeito borboleta.
Efeito borboleta não é só o título de um
filme, livro ou uma teoria. O efeito borboleta é real. Nossas atitudes, por
menores que sejam, tem efeitos duradouros em nossa vida e também na vida de
outras pessoas, cada palavra, cada gesto conta.
Se pararmos para pensar seriamente e
metodicamente nos acontecimentos das nossas vidas, podemos identificar pequenas
coisas que fizeram grandes diferenças. Deveríamos ter mais responsabilidade
pelas nossas ações e decisões.
A vida é uma série de acontecimentos que
se desencadeiam e nos levam a algum lugar na vida. O tempo não volta, não
podemos consertar o passado. Esse fato traz a importância da reflexão moral.
Um dos meus maiores desejos quando me
converti foi de ter a máquina do tempo, e como não existe tal máquina, a saída
que encontrei foi me lapidar como ser humano.
Há 10 anos, decidi que não seria mais
escrava dos meus desejos, instintos e emoções. Desde então procurei me educar
no sentindo moral. Não para ser perfeita e irrepreensível, mas sim porque
experimentei em minha própria vida as consequências do pecado; a falta de
prudência, de fortaleza, de justiça e temperança. A ausência dessas virtudes
fez com que eu “seguisse o meu coração” (meus desejos, impulsos) e vivesse num
lamaçal de erros. Percebi o quão necessário é ter virtudes/ força moral, para
combater os monstros que me habitam como, por exemplo, o desejo por vingança
àquele que me causou mal ou tomar decisões conforme minhas emoções que oscilam
tanto!
Prejudiquei pessoas por causa das minhas
condutas impensadas, tive conflitos infrutíferos pela falta de discernimento,
injustiças cometidas. Enfim, são tantos erros que cometi e me arrependo!
Continuo errando ainda, porém com mais consciência e buscando sempre superar,
isto é, não cometer os mesmos erros.
E quanto ao passado, bem, ele está
tatuado em minha alma. Às vezes dói, algumas consequências são irreversíveis. O
que experimento é a auto humilhação toda vez que sou confrontada com a Palavra.
Constantemente levo surras, sou esbofeteada pela Verdade. Minhas ofensas ao
Senhor, ainda que não sejam públicas, é uma espécie de tortura, lembrar-se das
minhas imundícies... Ai de mim!
Minha condição de pecadora e redimida me
leva a ter compaixão, estender misericórdia e perdão; sem que para isso seja
necessário renunciar as virtudes fundamentais: prudência, justiça, fortaleza e
temperança.
Como contrabalancear as virtudes com
minha natureza pecaminosa?
Entregando-me ao Eterno!
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