terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Ser bom sendo mal


Com a consciência de que todas as nossas ações de bondade são como trapo imundo aos olhos do Senhor, procure ser uma boa pessoa o máximo que puder/conseguir, mas não faça autopromoção. Muito menos tente provar seus esforços para alguém. As pessoas que exigem provas de nosso caráter são as mesmas que não merecem tal atenção.
Em um mundo de canalhas, esse será um diferencial. Os canalhas estão sempre tentando se autopromover por meio de uma falsa bondade para depois cobrar e manipular.
Um dos maiores desafios é ser você mesmo. As pessoas estão o tempo todo nos dizendo como devemos ser/estar, o que pensar e o que sentir também.
Se seguirmos corremos o risco de virar um Frankenstein, um ser com pedaços de outras pessoas, deixando nossa identidade ser moldada por palpiteiros.
E são esses mesmos que quando estamos em crise acham que sabem como resolver nossa vida sem a menor noção de que se estamos passando por problemas é porque já perdemos o controle da situação e certos comentários/conselhos não fazem sentido.
Como alguém que bate o carro em um acidente e ouve a frase “era só frear antes”.
Afinal o problema alheio é sempre tão fácil! Complicado são os nossos.
O mundo padece de falta de empatia.
Ignore pessoas que acham que sabem mais sobre você do que você mesmo, fazendo avaliações sem ao menos conhecer sua história.
E não espere que só porque alguém gosta de você/vice-versa, a pessoa possa lhe compreender ou ajudar, por mais que esteja imbuída de boas intenções.
Às vezes superestimamos e então vem a decepção, esperamos que o outro aja da maneira que achamos correto, e nem sempre o outro pensa/sente da mesma forma.
Permita que o outro seja ele mesmo.
E é sempre bom lembrar que a ignorância é vizinha da maldade. Por vezes o mal é causado pelo fato da pessoa não ter discernimento/bom senso necessário para a ocasião.
Seja paciente com as limitações alheias. Isso faz parte do primeiro parágrafo do texto (volte e releia).
Por fim, não importa o quanto nos esforçamos, estamos sempre em débito, com o próximo e com Deus.
Nossa bondade é cheia de maldade.



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