sábado, 13 de maio de 2017

Até o último suspiro


Queria fazer uma resenha do filme “Até o último homem”, mas não consegui. Gostaria de expressar tudo o que a história me fez sentir, mas esse é um daqueles casos em que as palavras são insuficientes. Então vou destacar a cena mais marcante pra mim.
A cena em que o soldado Desmond Doss está no meio da batalha salvando algumas vidas e perdendo outras tantas. Testemunhando seus companheiros sendo fuzilados, explodirem, perderem membros do corpo, enfim atingidos e mortos. Um cenário de horror para qualquer um.
Desmond alistou-se com a intenção de salvar vidas no Corpo médico do exército, convicto de não quebrar seus princípios religiosos, principalmente ao mandamento “Não matarás”. No olho do furação, entre tiros e granadas explodindo, enquanto salvava o maior número possível de soldados, Desmond se viu numa crise. Ele não sabia mais o que fazer diante de tantas mortes.
Como um homem temente ao Senhor, Desmond questiona “Deus o que quer de mim?” “Onde o Senhor me quer?” “Não consigo ouvi-Lo”. Logo em seguida, ouve vozes de soldados pedindo socorro e segue salvando mais vidas. Enquanto salva mais de 75 homens ele pede: “Senhor, me ajude a salvar mais, mais um”.
Como um soldado desarmado no meio de uma guerra consegue sobreviver e ainda salvar tantas vidas?
Creio que só existe uma resposta: milagre.
Somente milagre explica certas situações como essa, quando Deus tem um propósito, um chamado na vida de alguém, não importa as circunstâncias, se cumprirá.
Esse trecho mexeu demais comigo, pois eu já driblei a morte diversas vezes. E na última, fiz esses mesmos questionamentos que o Desmond. Não entendia o motivo de ainda estar viva, por qual razão o Senhor poupou a minha vida mais uma vez? Minha história tem sido uma sucessão de milagres, mas demorei a enxergar, demorei a ouvi-Lo.
Talvez você não possa salvar vidas literalmente (como um médico), mas há outras formas de salvamento. Muitas vezes salvamos alguém com gestos simples. As pessoas ao nosso redor estão numa guerra sem que a gente saiba. Um abraço, uma palavra de conforto/incentivo pode salvar o dia de alguém. Um ouvir atento e empático pode salvar alguém do desespero, da tristeza. Uma gentileza no trânsito pode mesmo salvar uma vida.
Existem tantas formas de salvar vidas: doar sangue, medula óssea, trabalho voluntário, doar seu tempo e sua atenção, doar algo que não usa (roupas, calçados, livros etc). Ainda que não se consiga salvar uma vida literalmente, podemos salvar alguém de momentos ruins. 
Podemos salvar pessoas todos os dias. Seja o socorro de alguém em algum momento. 
A vida é uma constante guerra. Peça sabedoria e direção ao Senhor para que lhe dê a oportunidade de salvar mais um.
Creio que fui chamada para salvar, de um jeito que só eu e Ele sabemos. Sua voz me guia para cumprir o Seu propósito, até o último suspiro.

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Mãos Talentosas





O filme conta a história de vida de Benjamin Solomon Carson, o maior neurocirurgião pediatra entre as décadas de 80 e 90. O auge da sua carreira foi quando operou gêmeos siameses da Alemanha, separando o cérebro dos bebês, a primeira operação na história da medicina em que os dois bebês sobrevivem.

Em 2008 o Dr. Carson ganhou a Medalha Presidencial da Liberdade na Casa Branca (a mais alta honraria civil da nação), além de diversas outras honrarias.
Impossível não admirar a história de Ben Carson, menino negro e pobre, criado somente pela mãe e com problemas de aprendizagem. Rotulado de burro pelos colegas de sala, Ben acreditou mesmo que era incapaz de ser bem sucedido na vida. 
Sua mãe teve um papel fundamental na mudança de postura do filho diante da vida. Ela não aceitou que seu filho fosse burro. 
Sonya Carson, que havia feito somente até a terceira série, incentivou Ben e seu irmão a estudarem o máximo possível. Ordenou que os dois filhos estudassem a tabuada inteira. E o menino que não acertava uma questão na prova de matemática começou a tirar boas notas. Depois percebeu que seus filhos estavam desperdiçando um tempo precioso de vida assistindo televisão. Então tomou a mais acertada atitude, cortar o tempo de TV (só poderiam assistir dois programas de TV por semana) e o restante do tempo decretou que lessem dois livros (cada um), e lhe entregassem os resumos por escrito.
Carson terminou a 8ª série com o prêmio de melhor aluno. Como excelente aluno, mais tarde ganhou bolsa de estudos para a Universidade de Yale. Em uma entrevista disputando a residência médica lhe foi perguntado por qual motivo ele deveria ser escolhido entre centenas de candidatos e porque queria ser um neurocirurgião. Carson responde dizendo que o cérebro é um milagre, expondo sua fé. Ele ficou com a vaga, destacando-se e posteriormente tornando-se chefe da Neurocirurgia Pediátrica daquele Centro Hospitalar. 
Ben Carson descobriu cedo que queria ser médico, ainda menino, ouviu um sermão na igreja sobre um médico missionário. Enquanto o pastor pregava, ele se viu na situação, vestindo um jaleco branco, chegou em casa decidido que seria médico. Ao contar para sua mãe, Sonya Carson lhe disse: “você pode ser o que quiser nessa vida, contudo que trabalhe pra isso”.
Outra frase marcante de sua mãe foi “Você pode fazer tudo o que os outros fazem. Só que você faz melhor”.
Essa linda história é fruto de muito incentivo, muito estudo, perseverança e também oração. 

Her







“Her” filme de 2013 conta a história de Theodore, homem solitário e recém divorciado. Imerso em sua solidão pós- separação, Theo divide seu tempo entre trabalho e internet (jogos e pornografia). Após instalar um Sistema Operacional (SO) com inteligência artificial, o qual tem uma voz feminina e recebe o nome de Samantha, começa a se relacionar cada vez mais com esse sistema. Com alta tecnologia, Samantha é capaz de compreender o universo a sua volta e se comunicar com seu dono com base em seus desejos pessoais e anseios do momento, interagindo como humana. Há algo de curioso nesse filme; a relação entre Theo e Samantha muitas vezes assemelha-se a um relacionamento real. Há conversas, sexo, risadas, ciúme e por fim a dor da separação.
Há no roteiro uma critica as relações interpessoais, a inabilidade de se relacionar, de ter uma conexão verdadeira. As pessoas tem se afastado de laços reais. Os afetos virtuais parecem estar substituindo os reais, deixando as pessoas mais individualistas, solitárias e egoístas também. 
O personagem principal nos diz que existe uma ânsia no ser humano por conexão, ainda se busca compartilhar a vida com alguém, mesmo que de forma inapropriada.
A cada dia pessoas criam relacionamentos artificiais para suprir suas carências reais. Seja com máquinas, animais, ou pessoas. Relacionamento artificial é algo cada vez mais comum. 
Creio que esse fenômeno atual se dê em grande parte pelo analfabetismo emocional, tornando-se um ciclo vicioso. Pessoas que não sabem lidar com suas emoções se relacionam mal, então se afastam/isolam, e assim não aprendem a administrar as emoções e conseqüentemente as relações. 
Somos intrinsecamente seres relacionais, fomos criados para nos relacionarmos uns com os outros. Ainda que muitos não admitam e cantem o mantra “eu me basto, sou auto-suficiente, não preciso de ninguém”. 
Quer enganar quem? Não consegue convencer nem a si mesmo!

quarta-feira, 3 de maio de 2017

INgratidão


Segundo os princípios cristãos não devemos esperar gratidão pelo bem que fizermos aos outros. Segundo esses mesmos princípios, não devemos ser ingratos com aqueles que nos ajudam. A matemática é simples, quem ajuda não cobra, quem é ajudado agradece (e se possível, retribui). Parece simples, mas o pecado torna a gratidão algo difícil.
A questão da gratidão não está restrita às relações humanas. Gratidão é o reconhecimento do favor imerecido e das misericórdias que se renovam a cada manhã. O ingrato reflete nos relacionamentos a sua ingratidão ao Senhor.  Quando temos consciência de que tudo, absolutamente tudo é dádiva, nossa vida é vista como presente e a gratidão se torna algo natural.
Somos devedores, e como tal devemos agradecer tudo que temos e tudo o que nos acontece, ainda que pareça ruim aos nossos olhos. Parece um tanto surreal, e realmente como pecadores, muitas vezes deixamos de reconhecer a obra de Deus em nossa vida. Mas estou me referindo ao estilo de vida do ingrato. Aquela pessoa que reclama de tudo parece sempre insatisfeita, desdenha dos presentes que ganha, entre outras coisas. Já presenciei muitas cenas assim, gente que reclama do bem que recebeu e critica quem o ajudou. 
O ingrato é sempre injusto, pois a gratidão é filha da Graça.
Jesus disse (João 13:18) “Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: o que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar.” O Senhor se referia ao traidor, Judas. A ingratidão é um risco para todo aquele que estiver disposto amar o próximo como a ti mesmo.
Precisamos nos orientar pelas palavras do Mestre: "Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita" (Mateus 6:3). Se levar a sério essa mensagem, você perceberá a dificuldade em cooperar, contribuir e ajudar alguém, seja em palavra ou em obras, sem esperar sequer um "Obrigado", e tendo ciência de que o ajudado um dia poderá se virar contra você.
Quando sua motivação não é o reconhecimento, recompensa ou a gratidão, e sim fazer tudo para a glória e honra de Cristo, não ficará decepcionado com a ingratidão e nem se arrependerá de ter feito o bem.
Fomos avisados da ingratidão como um dos sintomas dos tempos difíceis (2Timóteo 3:1-2), mas devemos continuar fazendo o bem sem esperar nada em troca (Lucas 6:35). Pois Aquele a quem seguimos fez o bem por toda parte (Atos 10:38) e recebeu ingratidão, como no caso dos dez leprosos (Lucas 17:11-19).
Quando a pessoa a qual ajudou se voltar contra você, lembre-se do Salmo 109:4: "Em troca do meu amor, me hostilizam; eu, porém, oro.” Independente das circunstâncias de ingratidão e injustiça sigamos a Palavra de Deus. “Não te deixes vencer pelo mal, porém, persiste em vencer o mal com o bem.” (Romanos 12:20- 21).
Se fizermos o que é nobre e direito, então quer os outros reconheçam ou não, podemos ter a certeza de que Deus observa (Mateus 6:2-4).
Afinal servimos aos homens ou ao Senhor?

E não nos cansemos de fazer o bem (Gálatas 6:9)

terça-feira, 2 de maio de 2017

Como ajudar o seu próximo


Quando você estiver diante de uma pessoa fragilizada, que precisa de ajuda, não faça nada baseado em seus próprios critérios. Pergunte a ela: 
O que VOCÊ gostaria que eu fizesse? 

Como posso ajudar VOCÊ ?
E a ajude com base nas respostas recebidas, o principio da ajuda é sempre o outro, se não for assim de nada vale sua boa vontade.
Muitas atitudes mesmo transbordando de boas intenções não foram eficazes, simplesmente porque você fez o que achava melhor para a vida da outra pessoa, sem questionar a própria.
Boa intenção deve ser acompanhada de um real interesse pelo outro, pelo que o outro quer, pelo o que o outro precisa. Se a ajuda só leva em conta o que eu considero melhor para o outro, não é ajuda. É manipulação disfarçada de bondade.
Não atropele ninguém com suas boas intenções