quinta-feira, 4 de maio de 2017

Her







“Her” filme de 2013 conta a história de Theodore, homem solitário e recém divorciado. Imerso em sua solidão pós- separação, Theo divide seu tempo entre trabalho e internet (jogos e pornografia). Após instalar um Sistema Operacional (SO) com inteligência artificial, o qual tem uma voz feminina e recebe o nome de Samantha, começa a se relacionar cada vez mais com esse sistema. Com alta tecnologia, Samantha é capaz de compreender o universo a sua volta e se comunicar com seu dono com base em seus desejos pessoais e anseios do momento, interagindo como humana. Há algo de curioso nesse filme; a relação entre Theo e Samantha muitas vezes assemelha-se a um relacionamento real. Há conversas, sexo, risadas, ciúme e por fim a dor da separação.
Há no roteiro uma critica as relações interpessoais, a inabilidade de se relacionar, de ter uma conexão verdadeira. As pessoas tem se afastado de laços reais. Os afetos virtuais parecem estar substituindo os reais, deixando as pessoas mais individualistas, solitárias e egoístas também. 
O personagem principal nos diz que existe uma ânsia no ser humano por conexão, ainda se busca compartilhar a vida com alguém, mesmo que de forma inapropriada.
A cada dia pessoas criam relacionamentos artificiais para suprir suas carências reais. Seja com máquinas, animais, ou pessoas. Relacionamento artificial é algo cada vez mais comum. 
Creio que esse fenômeno atual se dê em grande parte pelo analfabetismo emocional, tornando-se um ciclo vicioso. Pessoas que não sabem lidar com suas emoções se relacionam mal, então se afastam/isolam, e assim não aprendem a administrar as emoções e conseqüentemente as relações. 
Somos intrinsecamente seres relacionais, fomos criados para nos relacionarmos uns com os outros. Ainda que muitos não admitam e cantem o mantra “eu me basto, sou auto-suficiente, não preciso de ninguém”. 
Quer enganar quem? Não consegue convencer nem a si mesmo!

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