Segundo os princípios cristãos não
devemos esperar gratidão pelo bem que fizermos aos outros. Segundo esses mesmos
princípios, não devemos ser ingratos com aqueles que nos ajudam. A matemática é
simples, quem ajuda não cobra, quem é ajudado agradece (e se possível,
retribui). Parece simples, mas o pecado torna a gratidão algo difícil.
A questão da gratidão não está restrita
às relações humanas. Gratidão é o reconhecimento do favor imerecido e das
misericórdias que se renovam a cada manhã. O ingrato reflete nos
relacionamentos a sua ingratidão ao Senhor.
Quando temos consciência de que tudo, absolutamente tudo é dádiva, nossa
vida é vista como presente e a gratidão se torna algo natural.
Somos devedores, e como tal devemos
agradecer tudo que temos e tudo o que nos acontece, ainda que pareça ruim aos
nossos olhos. Parece um tanto surreal, e realmente como pecadores, muitas vezes
deixamos de reconhecer a obra de Deus em nossa vida. Mas estou me referindo ao
estilo de vida do ingrato. Aquela pessoa que reclama de tudo parece sempre
insatisfeita, desdenha dos presentes que ganha, entre outras coisas. Já
presenciei muitas cenas assim, gente que reclama do bem que recebeu e
critica quem o ajudou.
O ingrato é sempre injusto, pois a gratidão é filha da
Graça.
Jesus disse (João 13:18) “Não falo de
todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a
Escritura: o que come o pão comigo, levantou contra mim o seu calcanhar.” O
Senhor se referia ao traidor, Judas. A ingratidão é um risco para todo aquele
que estiver disposto amar o próximo como a ti mesmo.
Precisamos nos orientar pelas palavras
do Mestre: "Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita"
(Mateus 6:3). Se levar a sério essa mensagem, você perceberá a dificuldade em
cooperar, contribuir e ajudar alguém, seja em palavra ou em obras, sem esperar
sequer um "Obrigado", e tendo ciência de que o ajudado um dia poderá
se virar contra você.
Quando sua motivação não é o
reconhecimento, recompensa ou a gratidão, e sim fazer tudo para a glória e
honra de Cristo, não ficará decepcionado com a ingratidão e nem se arrependerá
de ter feito o bem.
Fomos avisados da ingratidão como um dos
sintomas dos tempos difíceis (2Timóteo 3:1-2), mas devemos continuar fazendo o
bem sem esperar nada em troca (Lucas 6:35). Pois Aquele a quem seguimos fez o
bem por toda parte (Atos 10:38) e recebeu ingratidão, como no caso dos dez
leprosos (Lucas 17:11-19).
Quando a pessoa a qual ajudou se voltar
contra você, lembre-se do Salmo 109:4: "Em troca do meu amor, me
hostilizam; eu, porém, oro.” Independente das circunstâncias de ingratidão e
injustiça sigamos a Palavra de Deus. “Não te deixes vencer pelo mal, porém,
persiste em vencer o mal com o bem.” (Romanos 12:20- 21).
Se fizermos o que é nobre e direito,
então quer os outros reconheçam ou não, podemos ter a certeza de que Deus
observa (Mateus 6:2-4).
Afinal servimos aos homens ou ao Senhor?
E não nos cansemos de fazer o
bem (Gálatas 6:9)
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