“Há algo de podre no reino da
Dinamarca.”
Há algo de errado num ministério
masculino que só fala no combate à pornografia e “como ser macho”.
Há algo de errado num ministério
feminino que só aborda os temas: à espera do amado, castidade, casamento e
modéstia.
Tenho observado páginas cristãs
femininas e masculinas e tenho notado tal característica.
Será que os homens só precisam dessas
orientações?
Será que as mulheres só se interessam
por esses assuntos?
Será que não há uma intersecção?
Vamos pensar: só os homens têm problemas
com a pornografia? A mulher também não precisa de uns toques de “como ser
mulher”?
Não vamos ser hipócritas, sabemos que as
mulheres têm problemas na área sexual também e esse assunto na maioria das
vezes só aparece em publicações direcionadas ao público masculino. E por qual
razão não há publicações de “como ser mulher”? Assim como tem homens que
precisam aprender sobre masculinidade, há mulheres que precisam de lições de
feminilidade (assunto para outro texto).
As páginas cristãs e blogs direcionados ao público feminino parecem uma versão gospel das revistas seculares como Capricho, Nova e Marie Claire. Os assuntos são basicamente os mesmos: moda, culinária, comportamento afetivo/sexual, conquistar/esperar o amado, casamento, maternidade; tudo com uma pitada de Evangelho. Ah vá! Quer enganar quem?
As páginas cristãs e blogs direcionados ao público feminino parecem uma versão gospel das revistas seculares como Capricho, Nova e Marie Claire. Os assuntos são basicamente os mesmos: moda, culinária, comportamento afetivo/sexual, conquistar/esperar o amado, casamento, maternidade; tudo com uma pitada de Evangelho. Ah vá! Quer enganar quem?
Queridas irmãs em Cristo, temos à nossa disposição
um livro maravilhoso, que podemos explorar de forma infinita para falar sobre
tantos assuntos e vocês insistem em repetir “mais do mesmo”? Nada contra
“feminices” (maquiagens, moda, cosméticos etc), mas o mundo feminino não se
resume a isso.
A Palavra de Deus é o que temos de mais
precioso em nossa caminhada, vamos fazer um uso melhor dela, por favor?
A Bíblia é cheia de conhecimentos de
história, geografia, filosofia, sociologia, antropologia, entre outros. É
patrimônio cultural do Ocidente. Deveria ser explorada em todos os aspectos e
não só por cristãos, mas principalmente por aqueles que dizem crer Nela.
Imagina quantos artigos podem ser
escritos tendo a Bíblia como base?
Exemplos: história das traduções da
Bíblia; tipos de tradução existentes atualmente, análise literária (abordando
todos os gêneros literários da Bíblia); a geografia de Israel e os períodos
históricos nos quais os textos foram escritos; o ambiente cultural,
antropológico e histórico de cada livro; os feitos dos primeiros patriarcas e o
desenvolvimento da civilização hebraica; as línguas escritas e faladas entre os
povos; a tradição oral repassada para várias gerações.
A Bíblia é uma rica fonte de compreensão
dos povos antigos, do pensamento filosófico, de toda a influência da religião
judaica cristã no decorrer da História. A Palavra de Deus também foi inspiração
para as artes plásticas, literatura, música, cinema, entre outras artes que são
dignas de serem lembradas e estudadas.
Para finalizar uma última dica, quando
for escrever não custa consultar com carinho as histórias bíblicas. Há um sem
número de exemplos sobre amizade, casamento, adultério vaidade, relacionamentos
afetivos, conflitos familiares, vícios, santidade, comunhão, entre tantos
outros. Com uma fonte como as Sagradas Escrituras não precisamos nos igualar
aos temas supérfluos de edições seculares e repetir o ciclo fútil dos assuntos
femininos. Desculpe-me a sinceridade irmãs.
Ao escrever esse texto fui buscar
referências na internet e quando se faz uma busca sobre assuntos/interesses
femininos tudo o que aparece são bolsas, sapatos, maquiagem, compras, casa,
homens. Sinceramente achei triste não aparecer nada relacionado à cultura,
estudo, artes, filosofia. Enfim, precisamos sair desse estereótipo. Como
cristãs devemos ser diferentes para fazer a diferença. Se nosso comportamento e
interesses são iguais as de qualquer outra mulher, como podemos dizer ao mundo
que somos peregrinas quando agimos como cidadãs dessa terra?
Como já disse nada contra “feminices”, mas
normalmente esses assuntos não contribuem para a edificação do Corpo de Cristo.
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