quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Paradoxos

Quando compreendi as palavras de Jesus, senti uma felicidade que nem a morte pode tirar.
Todo o meu ser sofreu transformação, essa compreensão refrescou minha alma.
Entendi que:
Quando me entrego, é que eu ganho;
Quando renuncio, eu recebo;
Quando deixo de tentar entender, é que compreendo;
Quando me humilho, sou exaltada;
Quando choro, o Consolador me traz conforto;
Quando me desespero, é que vem a paz que excede o entendimento;
Na rendição é que encontro a vitória,
Quando decido morrer, ganho vida...
...Vida além da vida.

Cristo

 
 
 
 
Ele nasceu
Ele cresceu
Ele não esqueceu
porque nasceu

Ele fez Justiça
Ele fez História
Ele... sobre a Morte teve vitória

Ele está em mim
eu estou Nele
Ele me deu certeza da maior riqueza

Ele soprou minha vocação
Ele não me deixou no mundo da distração
Ele fez tudo por paixão e comPaixão

(In) Discursividade

                                                

                                               Meu professor de análise do discurso
                                                         É o perfeito pleonasmo
                                                        Abundante em redundância
Só fala em Fiorin
Esquece-se do Bakthin
Sua ideologia não faz minha tipologia
 

O curso do seu discurso
É pura figura de linguagem
 
Abusa da hipérbole
É cheio de metáforas
E excelente nas onomatopeias
 

Mas do que vou lembrar mesmo
É de seu léxico todo estético
Que faz sua poética...ética.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Outubro espinhoso

 
A vida é cheia de altos e baixos, com isso todos concordam e em certo grau conformam-se. Mas tem sempre um certo período mais nefasto, que deixa marcas. Este ano o período eleito foi o mês de outubro. Período que passei por algumas turbulências. Sou do tipo de pessoa holística, quando uma área da vida não está bem, influencia todas as outras. E quando está tudo um caos, já não sei mais onde começou; se foi por causa de A que o B azedou, ou se foi o C que fez o B ficar ruim. E quando não sei onde está o X da questão, eu me volto para dentro de mim, procurando as respostas, tentando encontrar o ponto nevrálgico.
Sem conseguir resposta, me calo, também não dou respostas. Afinal como responder aquilo que nem mesmo eu sei?
Viro ostra, tenho ataques de autismo, crio um mundo só meu. Nesse universo particular só entra Deus e aqueles que já o visitaram antes.
Questiono os fatos, a ação dos outros, minhas reações e o crucial: e agora?
Com a consciência de que tudo é passageiro, fico ansiosa para chegar o depois. Para saber o que virá, como agir e finalmente qual será o resultado de minhas ações. E quando chega o momento esperado, tenho previsíveis surpresas e também decepções previsíveis.
Surpresas e decepções comigo e com os outros.
Assim como a vida é feita de altos e baixos, é também de surpresas e decepções.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O que habita meu coração


Quando somos apaixonados ou amamos algo/alguém é impossível esconder.
Revelamos os sentimentos no olhar, no modo como falamos do objeto amado, entre outros comportamos explícitos, mesmo que involuntariamente.
Já quem tem um sentimento morno, não consegue ter o mesmo brilho no olhar do que o sujeito apaixonado, é perceptível em sua conduta.
A pessoa fala coisas do gênero: ele/ela me faz bem, temos muito em comum, temos uma história juntos, faço quando dá e por aí vai.
Mas aquele que ama, nem precisa dizer, porém quando se manifesta verbalmente diz coisas do tipo: eu não conseguiria viver sem ela/ele, é tudo pra mim, não imagino minha vida sem “isso”.
Essas palavras servem tanto para relacionamentos humanos, como também para profissão, vocação,espiritualidade, missão, hobby e tudo o que habita nosso coração.
Há os que reservam um cantinho no coração e outros que ocupam todo o espaço com algo/alguém.
A pergunta é: o que ocupa integralmente o seu coração?

Pseudo profissionais

Quando eu tinha 18 anos, trabalhava em uma empresa que tinha sala de jogos,o meu predileto era o pingue-pongue, jogava todos os dias, se tornou um vício, de tanto praticar fiquei razoavelmente boa nesse jogo, ainda tinha jogadores melhores, mas eu, como uma das poucas mulheres, me destacava.
Havia também um rapaz que gostava muito de pingue-pongue nas horas vagas, porém não jogava bem. Os outros funcionários tiravam sarro e ele sempre respondia: chegou quem sabe tudo de pingue-pongue. E a galera respondia: sabe tudo; onde começou, quem são os melhores jogadores, sabe tudo, menos jogar!
Uso essa história para falar de algo que tenho visto em alguns setores, em que muitos que dizem ser especialistas, quando na verdade conhecem mais a teoria do que a prática.
Centenas de profissionais por todo o Brasil enchem suas agendas para falar de algo que conhecem nada ou bem pouco.
Teólogos de formação com uma espiritualidade deficiente lecionando e sendo pastores, pseudo pedagogos escrevem livros sobre educação sem ter uma experiência sólida em sala de aula, palestras de atendimento ao cliente com sujeitos que não sabem o que é serem humilhados no dia a dia por clientes arrogantes.
Claro que eu considero as exceções, no entanto eles não são o alvo desse texto.
As pessoas das quais eu me refiro estão em diversas esferas do campo profissional, normalmente se apresentam com pompas, podemos vê-los na televisão, em outdoors, eventos, conferências; são excelentes no quesito publicidade.
E os inocentes caem na armadilha da mídia em torno deles, pagam para assistir palestras, compram livros, e saem divulgando seus “trabalhos”.
Tudo isso para ouvir de uns pretensos profissionais o que podemos saber por experiência própria. Com um pouco de atenção e uma pitada de reflexão podemos chegar as mesmas conclusões a que esses “gurus” pretendem nos ensinar.
Vamos colocar a cachola para trabalhar minha gente!