segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Pseudo profissionais

Quando eu tinha 18 anos, trabalhava em uma empresa que tinha sala de jogos,o meu predileto era o pingue-pongue, jogava todos os dias, se tornou um vício, de tanto praticar fiquei razoavelmente boa nesse jogo, ainda tinha jogadores melhores, mas eu, como uma das poucas mulheres, me destacava.
Havia também um rapaz que gostava muito de pingue-pongue nas horas vagas, porém não jogava bem. Os outros funcionários tiravam sarro e ele sempre respondia: chegou quem sabe tudo de pingue-pongue. E a galera respondia: sabe tudo; onde começou, quem são os melhores jogadores, sabe tudo, menos jogar!
Uso essa história para falar de algo que tenho visto em alguns setores, em que muitos que dizem ser especialistas, quando na verdade conhecem mais a teoria do que a prática.
Centenas de profissionais por todo o Brasil enchem suas agendas para falar de algo que conhecem nada ou bem pouco.
Teólogos de formação com uma espiritualidade deficiente lecionando e sendo pastores, pseudo pedagogos escrevem livros sobre educação sem ter uma experiência sólida em sala de aula, palestras de atendimento ao cliente com sujeitos que não sabem o que é serem humilhados no dia a dia por clientes arrogantes.
Claro que eu considero as exceções, no entanto eles não são o alvo desse texto.
As pessoas das quais eu me refiro estão em diversas esferas do campo profissional, normalmente se apresentam com pompas, podemos vê-los na televisão, em outdoors, eventos, conferências; são excelentes no quesito publicidade.
E os inocentes caem na armadilha da mídia em torno deles, pagam para assistir palestras, compram livros, e saem divulgando seus “trabalhos”.
Tudo isso para ouvir de uns pretensos profissionais o que podemos saber por experiência própria. Com um pouco de atenção e uma pitada de reflexão podemos chegar as mesmas conclusões a que esses “gurus” pretendem nos ensinar.
Vamos colocar a cachola para trabalhar minha gente!

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