quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Orgulho e Preconceito

À começar pelo título, Orgulho e Preconceito é uma clássica obra literária de Jane Austen. Recentemente essa história ganhou um filme homônimo, onde chamou minha atenção, justamente pelo título. A história é cercada de mal entendidos entre os protagonistas, e durante algumas cenas recordei-me de outros filmes que aborda o tema preconceito: “Crash”, “O lenhador” e “Sobre meninos e lobos”, no entanto Orgulho e Preconceito trata de uma forma bem mais sutil, isto é, com menos conseqüências trágicas como os anteriores. Deixando de lado a cultura cinematográfica, o fato é que do “pai dos pecados” nasce o preconceito. O orgulho cega o entendimento e a pessoa preconceituosa acredita nas suas idéias e interpretações como se elas fossem únicas, deixando de perceber a realidade por detrás das situações que muitas vezes camufla a verdade. O julgamento leviano (com suposições baseadas em mal ou más informações) normalmente gera um pré-conceito que por conseqüência pode trazer algo que abre feridas na alma, a injustiça. O preconceito corrompe os assuntos, vê malícia onde muitas vezes não tem. Quando o preconceito está presente nos relacionamentos, estes não amadurecem. Relacionamentos saudáveis não se alimentam de informações distorcidas. Ao propagar o preconceito não estaremos nós agindo como os judeus em relação a Jesus, crucificando-o? Não estamos sendo Natanael? “Disse-lhe Natanael: E pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê (Jo 1.46).” Quando eu me fecho, tomo uma atitude de exclusão, seja em atitudes ou na mente, em relação a alguém, a um grupo ou a uma situação estou desdenhando do amor de Deus, não retribuindo Sua Misericórdia. O orgulho não deixa compreender que acima dos pré-conceitos está Jesus Cristo, Aquele que acolhe todos com seu imensurável Amor. Só o amor elimina o preconceito. Só o amor não suspeita mal. Só o amor se alegra com a verdade. Só o amor consegue conviver com a realidade, sem distorcê-la ou evitá-la. Todos têm valor diante do Senhor, pois o Cordeiro morreu por todos os pecados e por toda humanidade; pelo crente e pelo incrédulo, pelo heterossexual e pelo homossexual, pelo honesto e pelo desonesto, pelo sincero e pelo mentiroso, enfim, Deus quer que todos conheçam o novo céu e a nova terra, e para que isso aconteça é preciso acolher os maltrapilhos, sendo um exemplo vivo do amor de Cristo. Revelar o Salvador aos que não conhecem é tarefa da Igreja como corpo de Cristo, através de nossa postura, de nossos relacionamentos; e se nossos relacionamentos tiverem permeado de pré-conceitos então não estaremos transmitindo o amor de Jesus. É na minha prática coerente com a Palavra que as pessoas ao meu redor vão descobrindo o amor transformador do Cristo Ressurreto. Meu modo de agir diante da injustiça, minha maneira respeitosa de lidar com as diferenças, minha postura corajosa na tribulação, no modo como entrego minhas dores e meus medos ao Senhor. Não somos nós salvadores, mas Jesus. E Aquele que salva, certamente usa meu testemunho e minha vida. Ao Nosso Senhor Jesus Cristo seja dada toda a glória e honra!

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