quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Cristo e o Corpo de Cristo
Nos últimos meses tenho sugado os recursos da mídia gospel. Assistindo a diversos programas televisivos de diversas denominações e doutrinas; acessando sites cristãos, lendo inúmeros artigos e livros do gênero;ouvindo cultos e músicas pelas rádios. Enfim, consumindo o que encontro disponível. Nessa overdose de informação, tive a oportunidade de conhecer melhor o Corpo de Cristo. A Igreja muitas vezes tem pecado pelo formalismo para não dizer legalismo. Pensar fora dos padrões é perigoso, que o diga Ricardo Gondim. Se disser que não concordo com o pastor, estou sendo rebelde. Se não acompanho o fluxo da massa evangélica, sou chamada de herege. Se falar “tô fora” de algo com que não compactuo, dizem pelo olhar: desistente (covarde)! Rótulos são para produtos não para pessoas! João Alexandre diz “É proibido pensar”, creio não ser ele o único nesse posicionamento, porém muitos ainda são servos do mundo e não de Cristo (Gl 1.10). Do outro lado da overdose de informações está o que bons autores cristãos chamam de disciplina espiritual, a solitude. Eu a tenho praticado, seguindo os conselhos de Thomas Merton, Richard Foster, entre outros. A solitude tem feito embriagar-me com a Palavra de Deus, banhar-me no Espírito Santo e fazer imersão em Jesus. Assim experimento o fluir em Deus, com Deus e para Deus Pai. Faço minhas as palavras de PG: “Quero que Cristo seja meu universo; Que sejas tudo o que sinto e o que penso; Que enchas cada um dos meus pensamentos; Que a tua presença e o teu poder sejam alimento Jesus este é o meu desejo.Não quero dar-te só uma parte dos meus anos;Te quero dono do meu tempo e dos meus planos;E cada sonho que há em mim quero entregar-te’’. E assim quase que paradoxalmente entre informação e solitude, vou delineando entre o Cristo que vive em mim e o Corpo de Cristo em que vivo. Por mais que seja arriscado, ouso afirmar que a Palavra de Deus é autoridade máxima na minha vida. Deixei de ouvir a voz de homens para ouvir a Voz de Deus. Agora vejo a mão de Jesus me guiando, sinto estar sendo regada pela Água Viva. Ainda sou uma pequena plantinha, mas sei que à medida que cresço, o Senhor vai me podando e me cercando com o seu Amor (Hb 12.5-11) e no tempo oportuno (Ec 3.1) darei os frutos que Ele preparou (Jr 29.11). A Igreja ainda tem suas mazelas, mas continua sendo o Corpo de Cristo. E como ensina a fábula do porco espinho devemos aprender a conviver sem ferir uns aos outros. Quando olharmos para Jesus com a atenção de um surdo, com o tato de um cego, perceberemos que o mais simples é na verdade o mais importante: o amor. Quando colocamos Cristo como nosso bem maior, podemos senti-lo pulsando em nossos corações, começamos a perceber que muitas vezes deixamos a Pedra Preciosa e nos contentamos com as lascas de vidro deste mundo. Que a Igreja não permita que a futilidade sufoque a Cruz. “Pois Nele vivemos, e nos movemos, e existimos...” (At 17.28).
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