O poeta é alguém que fala diferente, fala bonito
para enfeitar nossa imaginação e adoçar nossos ouvidos.
Já o filósofo é um sujeito confuso. Ele diz e
depois desdiz só para nos confundir.
Usa paradoxos e faz questão de complicar querendo
ser compreendido.
E quando se é poeta e filósofo ao mesmo tempo
ficamos num misto de encantamento e indefinição.
Contemplamos suas palavras desconhecendo sua
significação.
O essencial se esconde em meio a metáforas e
incoerências lexicais.
De suas ambivalências e contradições lógicas
brota o suplício de um mortal:
O que será que se diz? E o que se diz, será que
é?
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