Hitler é um
símbolo de maldade no mundo todo, qualquer pessoa não nazista concorda que ele
foi longe demais em seus ideais. Exatamente por isso, por ser uma figura tão
marcada pelo mal, gosto de usá-lo como
exemplo. Quando se pensa em mal, logo se pensa nas grandes atrocidades
cometidas, nos crimes contra a humanidade, tal como Hitler fez. Mas nos
esquecemos que como todo ser humano, ele possuía defeitos e também qualidades.
Sim, ele tinha qualidades, senão como seria possível ser líder de um genocídio
tão devastador? Ele tinha uma boa retórica, era bom argumentador, bom
articulador político, o que ajudou a influenciar muitas pessoas para a sua
causa.
O que pretendo dizer é que Hitler não fez uma guerra sozinho, muitas pessoas compactuaram
com suas ações, ajudando-o em seus objetivos e também os omissos, aqueles que nada fizeram para
impedir a matança de outros seres humanos. O que dizer dessas pessoas? Eram
boas ou más?
A questão de bondade/maldade é subjetiva, existem pessoas que se consideram boas porque cuidam de seus pais idosos, outros acham que
isso é pura obrigação. Então como medir
o mal/bem?
O nazismo gerou muita discussão
acerca do mal. Temos diversos livros escritos por aqueles que viveram a guerra, Viktor Frankl, Anne Frank e Hannah Arendt, só para citar alguns. Muitos filmes também foram feitos para retratar
esse episódio dantesco da história, entre os mais famosos está “A Lista de Schindler".
A reprodução do nazismo em filmes e
livros, coloca em evidência os (?) coadjuvantes do genocídio. Pessoas
comuns, que ajudaram o ditador e as que
se recusaram a ser cúmplices.
Foram pessoas que de forma anônima e
por gestos pequenos e simples fizeram toda a diferença entre a vida e a morte
de seres humanos.
Aqueles que salvaram vidas,
provavelmente, foram pessoas que tiveram coragem de se opor ao grande ditador, sentiram compaixão pelos seus semelhantes e
arriscaram-se para ajudar aos judeus perseguidos.
Diante de um ditador genocida como
Hitler, qualquer atitude suspeita por menor que fosse seria considerado traição e portanto deveria ser
punida com a morte.
O mal e o bem tem muitas faces, nos menores
gestos, nas pequenas oportunidades eles se revelam.
Ser mau não é ser como Hitler, mas também como
qualquer um que diante do mal, omite-se. E quantas pequenas omissões não
fazemos em nosso dia a dia, quantas pequenas maldades cometemos?
Ser bom é ter coragem para se opor
ao mal, e essa coragem vem da compaixão.
Repetindo as palavras do poeta:
“
E há tempos nem os santos têm ao certo a medida da maldade...
E há tempos o encanto está ausente...
Compaixão é fortaleza
Ter bondade é ter coragem...”
2 comentários:
Questão polêmica...
tema polêmico...
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