Breve
resumo
O filme conta a história da princesa
Diana, semideusa que nasceu e cresceu na ilha de Themyscira, chamada de Ilha-Paraíso.
Diana ainda pequena é a única criança numa ilha habitada exclusivamente por
mulheres amazonas e guerreiras. Ela pensa que foi criada a partir do barro (já
ouvi isso em algum lugar antes), não sabe que é filha de Zeus e Hipólita. A
jovem princesa se depara com um homem pela primeira vez ao salvar o piloto
americano Steve Trevor. Estamos na Primeira Guerra Mundial e por uma questão de
princípios, a jovem deixa a ilha para tentar acabar com a guerra.
No mundo dos homens, ela se depara com a
dualidade da natureza humana. E na tentativa de ajudar a humanidade, Diana
amadurece como guerreira e descobre sua identidade enquanto segue a guerra.
Minha
opinião
Diante de tantos filmes de super-heróis
feitos nos últimos anos, Mulher-Maravilha é mais que uma adaptação de HQ para a
telona, era o filme que faltava. A cultura pop há tempos o aguardava, a última
mulher maravilha que tivemos foi há 40 anos. A nova geração, que não teve o
privilégio de ver Linda Carter na telinha, agora vê Gal Gadot na telona. O
filme tem uma boa história, ação, humor e romance. São tantas cenas que eu
gostaria de esmiuçar, mas o espaço é curto.
Cenas
que merecem destaque
A pequena Diana é uma fofura, aparece
desde a infância decidida, forte e doce.
A cena em que Diana vê um bebê retrata a
feminilidade, o interesse natural da mulher por bebês (sim, eu acredito nisso).
A cena no barco em que ela diz “Eu sou o
homem que pode”, retrata o lado forte e decidido da princesa.
Diana,
a mulher
Diana é mulher com inúmeras habilidades.
Além de exímia guerreira, é culta, domina diversos idiomas, estudada em várias
áreas do conhecimento, tem carisma, possui inteligência emocional, coragem,
otimismo, benevolência e firmeza moral (ela sabe muito bem em que acredita e o
que quer). Não tem uma beleza física estonteante, mas o conjunto de adjetivos a
torna encantadora. Uma combinação harmoniosa de amor e justiça (também já vi
isso antes).
Mulher
Maravilha e o feminismo
O feminismo tem reivindicado o sucesso
do filme pelo empoderamento da protagonista. Ainda que o filme represente as
mulheres, ele não levanta a bandeira desse movimento.
Diana é advertida
sobre o “mundo dos homens”, sua mãe diz que eles não a merecem. No entanto, a
princesa salva, protege e faz parceria com o primeiro homem que conhece.
O filme parece mostrar uma reconciliação
entre os gêneros, uma espécie de complementariedade entre os sexos (parece
familiar essa expressão).
Essa mulher maravilha é doce, tem compaixão
e é o altruísmo que a move. Ela ajuda seu companheiro a ser um homem melhor e
ele por sua vez se mostra protetor e retroalimenta suas qualidades. Além do
mais uma mulher precisa de um homem sim, mesmo sendo uma heroína, princesa,
guerreira e semideusa!
No livro oficial sobre Mulher-Maravilha
- Wonder Woman: The Art and Making of The Film -, Zack Snyder, que é produtor e
ajudou a criar a história do filme, revela que Steve Trevor (Chris Pine) quase
ficou de fora do longa, palavras do diretor:
"No
começo discutimos se deveríamos ou não trazê-lo para a história. Steve está tão
conectado à mitologia que depois de debater percebemos que assim como a
Mulher-Maravilha precisa de Steve, nós precisamos de Steve. Precisamos ser
capazes de olhar para Mulher-Maravilha com os olhos do público. E é
interessante que esses olhos sejam o de Steve, já que ele representa o status
quo. Ele também precisa ser transformado pela Mulher-Maravilha. Ele precisa ver
o mundo pelos olhos dela e então se tornar um herói por si só, inspirado por
ela".
P.S: Gostaria de explorar as referências
bíblicas, filosóficas e artísticas que encontrei, mas acho que essas
referências merecem um texto à parte. Quem sabe?!
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