terça-feira, 1 de agosto de 2017

Mulher Maravilha, princesa e guerreira


Breve resumo


O filme conta a história da princesa Diana, semideusa que nasceu e cresceu na ilha de Themyscira, chamada de Ilha-Paraíso. Diana ainda pequena é a única criança numa ilha habitada exclusivamente por mulheres amazonas e guerreiras. Ela pensa que foi criada a partir do barro (já ouvi isso em algum lugar antes), não sabe que é filha de Zeus e Hipólita. A jovem princesa se depara com um homem pela primeira vez ao salvar o piloto americano Steve Trevor. Estamos na Primeira Guerra Mundial e por uma questão de princípios, a jovem deixa a ilha para tentar acabar com a guerra.
No mundo dos homens, ela se depara com a dualidade da natureza humana. E na tentativa de ajudar a humanidade, Diana amadurece como guerreira e descobre sua identidade enquanto segue a guerra.

Minha opinião

 

Diante de tantos filmes de super-heróis feitos nos últimos anos, Mulher-Maravilha é mais que uma adaptação de HQ para a telona, era o filme que faltava. A cultura pop há tempos o aguardava, a última mulher maravilha que tivemos foi há 40 anos. A nova geração, que não teve o privilégio de ver Linda Carter na telinha, agora vê Gal Gadot na telona. O filme tem uma boa história, ação, humor e romance. São tantas cenas que eu gostaria de esmiuçar, mas o espaço é curto. 

Cenas que merecem destaque


A pequena Diana é uma fofura, aparece desde a infância decidida, forte e doce.
A cena em que Diana vê um bebê retrata a feminilidade, o interesse natural da mulher por bebês (sim, eu acredito nisso).
A cena no barco em que ela diz “Eu sou o homem que pode”, retrata o lado forte e decidido da princesa.

Diana, a mulher


Diana é mulher com inúmeras habilidades. Além de exímia guerreira, é culta, domina diversos idiomas, estudada em várias áreas do conhecimento, tem carisma, possui inteligência emocional, coragem, otimismo, benevolência e firmeza moral (ela sabe muito bem em que acredita e o que quer). Não tem uma beleza física estonteante, mas o conjunto de adjetivos a torna encantadora. Uma combinação harmoniosa de amor e justiça (também já vi isso antes).

Mulher Maravilha e o feminismo


O feminismo tem reivindicado o sucesso do filme pelo empoderamento da protagonista. Ainda que o filme represente as mulheres, ele não levanta a bandeira desse movimento.
Diana é advertida sobre o “mundo dos homens”, sua mãe diz que eles não a merecem. No entanto, a princesa salva, protege e faz parceria com o primeiro homem que conhece.
O filme parece mostrar uma reconciliação entre os gêneros, uma espécie de complementariedade entre os sexos (parece familiar essa expressão).
Essa mulher maravilha é doce, tem compaixão e é o altruísmo que a move. Ela ajuda seu companheiro a ser um homem melhor e ele por sua vez se mostra protetor e retroalimenta suas qualidades. Além do mais uma mulher precisa de um homem sim, mesmo sendo uma heroína, princesa, guerreira e semideusa!

No livro oficial sobre Mulher-Maravilha - Wonder Woman: The Art and Making of The Film -, Zack Snyder, que é produtor e ajudou a criar a história do filme, revela que Steve Trevor (Chris Pine) quase ficou de fora do longa, palavras do diretor:

"No começo discutimos se deveríamos ou não trazê-lo para a história. Steve está tão conectado à mitologia que depois de debater percebemos que assim como a Mulher-Maravilha precisa de Steve, nós precisamos de Steve. Precisamos ser capazes de olhar para Mulher-Maravilha com os olhos do público. E é interessante que esses olhos sejam o de Steve, já que ele representa o status quo. Ele também precisa ser transformado pela Mulher-Maravilha. Ele precisa ver o mundo pelos olhos dela e então se tornar um herói por si só, inspirado por ela".




P.S: Gostaria de explorar as referências bíblicas, filosóficas e artísticas que encontrei, mas acho que essas referências merecem um texto à parte. Quem sabe?!

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