Muitas pessoas
debatem doutrinas religiosas, entram em discursos sobre Deus e o Sagrado.
Como cristã, considero que fé não
combina com ignorância bíblica, e mesmo assim existem diversas coisas sobre a
bíblia das quais eu não saberia responder se me perguntassem.
O mundo foi criado em 7 dias de 24
horas, ou esse tempo é uma metáfora? Onde estavam os dinossauros? E onde no
texto sagrado encontro informações sobre a era do gelo? O Deus do Antigo
Testamento é mesmo um genocida? Como um
só Deus ao mesmo tempo é três? E tantas outras questões.
Apesar de considerar a teologia
essencial, não me envergonho de dizer que sei bem pouco. É importante ter as
respostas, mas minha fé não depende dessas respostas, sejam elas quais forem.
Porque minha fé não nasceu de doutrinas, de proselitismo, de ensino. Não nasci
em berço cristão, nem frequentei escola bíblica desde criança, resumindo: não
fui ensinada a ser cristã, como muitos pensam.
Ainda que eu não tenha todas as
respostas importantes que gostaria de ter, embora não tenha uma sólida base
teológica para minhas convicções, uma coisa eu sei e afirmo com absoluta
segurança: “eu era cega e agora vejo”.
Minha fé é fruto de uma experiência
sobrenatural, e as palavras são insuficientes para descrevê-la. Experimentar
Deus é algo único e paradoxal, ter um encontro com o Eterno traz a consciência
da miserabilidade humana ao mesmo tempo em que mostra o incomensurável amor
Dele. Fiquei “nua” diante do Senhor, me deram um espelho e vi um ser doente, de
um valor inestimável ao Cordeiro.
Sim, é possível dizer como Jó: antes
sabia de Deus só por ouvir falar (pelas religiões, pelas igrejas, pelos
religiosos); agora meus olhos O veem, eu O experimentei.
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