Culpa é um termo bastante antigo, já autorresponsabilidade
está na moda. São termos próximos,
procurando pela definição de ambas as palavras, encontrei:
Culpa se refere à
responsabilidade dada à pessoa por um ato que provocou prejuízo material, moral
ou espiritual a si mesma ou a outrem. Já o sentimento de culpa é o sofrimento
obtido após reavaliação de um comportamento passado tido como reprovável por si
mesmo. A base deste sentimento, do ponto de vista psicanalítico, é a frustração
causada pela distância entre o que não fomos e a imagem criada pelo superego
daquilo que achamos que deveríamos ser ou fazer.
Autorresponsabilidade é a capacidade racional e emocional de trazer
pra si toda responsabilidade por tudo que acontece em sua vida, por mais
inexplicável que seja, por mais que pareça estar fora do seu controle e das suas
mãos. É o dever de arcar com
as consequências do próprio comportamento.
Viver é jogar o jogo da
responsabilidade ou da culpa, como queira. As relações sociais estão permeadas
por esse jogo.
O tempo todo, as
pessoas estão procurando quem culpar, em quem jogar a responsabilidade. Desde
crianças com o famoso “Quem começou foi ele!” E segue o jogo, indefinidamente. Até
quando?
Recentemente tive
algumas conversas que evidenciaram esse jogo.
Percebi que eu sou aquela que pede desculpas/perdão e assume a culpa/responsabilidade até mesmo quando sou a parte prejudicada da história. E isso não é discurso vitimista, o fato é que eu aprendi que a culpa era sempre minha. Ouvi a vida toda que:
Percebi que eu sou aquela que pede desculpas/perdão e assume a culpa/responsabilidade até mesmo quando sou a parte prejudicada da história. E isso não é discurso vitimista, o fato é que eu aprendi que a culpa era sempre minha. Ouvi a vida toda que:
Se alguém me fez de
trouxa é porque eu permiti;
Se fui alvo de
enganação é porque eu fui ingênua;
Se alguém me traiu é
porque eu confiei em quem não devia;
Se perco uma amizade é
porque eu pisei na bola;
Se meu namorado me
traiu é porque eu dei bobeira,
Se algo ruim me
aconteceu é porque eu fiz algo para merecer.
E assim a mensagem implícita
é: “Não reclame daquilo que você permite”.
Não tenho o direito de
lamentar minhas mazelas, de chorar minha “má sorte” ou de cobrar nada de
ninguém; afinal sou a culpada.
Aceitei que sou 100% responsável
pelo o que me acontece, ainda que seja algo que esteja completamente fora do meu
controle.
A ausência de um bode
expiatório é pesada demais.
E assim carrego o que
me foi imposto.
Tudo o que me acontece
é problema meu. E ninguém me deve nada.
Conclusão: a vida em sociedade se
resume em “ema, ema, ema, cada um com seus problemas”.
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