Era uma vez...
Uma garotinha triste
e introvertida.
Ela não tinha uma boa autoestima.
Ouvia coisas dos
adultos que crianças não deveriam ouvir.
Adultos faziam com
ela coisas que não eram para se fazer com crianças.
Ela não tinha amigos.
Ela não tinha amigos.
Só um caderninho pra
desabafar suas tristezas.
A garotinha cresceu,
virou uma mocinha.
A mocinha não se
achava bonita, não chamava a atenção dos garotos.
Ela tinha cabelo pixaim e usava óculos.
Ela tinha cabelo pixaim e usava óculos.
A mocinha era
extremamente insegura.
Ela também tinha um caderninho
para escrever suas crises existenciais.
A mocinha virou uma
jovem.
A jovem estudava e
trabalhava.
Mas também se
divertia com os amigos que fez.
A jovem namorava.
Recebia o amor que pensava
merecer.
Relações tóxicas.
Quase se envenenou.
Se não fosse o
caderninho!
Ela colocava o veneno
pra fora.
Vomitava as dores em
forma de palavras.
A jovem se tornou
mulher.
Essa mulher ainda
abrigava a garotinha triste e introvertida.
Mas aprendeu a
disfarçar.
A mulher era insegura
como a mocinha.
Ainda não aprendeu a
ser amada.
Algumas vezes aceita
veneno com rótulo de amor, igual a jovem.
A mulher tem um
caderninho para escrever.
E um blog para
publicar tudo o que não cabe em si.
Ela deseja que esse
caderninho/blog vire um livro.
Ela acredita em final
feliz.
O final feliz dela
não é aqui.
O final feliz dessa
história está em outro Livro.
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