sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Mundo líquido

A futilidade da vida me consome
A busca pelo transitório é um soco
Correr pelo pão nosso de cada dia, espancamento
A sensação de ser mastigada por Chronos me abate a cada manhã
Quero Kairós
quero viver histórias abensonhadas
Confiar no futuro é um ato heroico
A fé é um dom, um presente
Não sei onde colocar a saudade de Casa
onde guardar a dor
não aprendi a sofrer
as palavras me sequestram
desnudo minhas verdades
rasgo minhas fantasias
pensamentos imperfeitos
emoções inconstantes
Procuro dar sentido a falta de conexão
meu coração é cheio de estrangeiros
mente povoada de utopias
peregrino pelas noites escuras
enquanto a Luz não chega.