“Os
Miseráveis” é um clássico de Victor Hugo, representado diversas vezes
no teatro e no cinema, é um filme baseado em um musical da Broadway,
este também é um musical, desde o primeiro minuto até o final não há uma
palavra falada, tudo é cantado. Eu particularmente não gosto de
musicais que são inteiramente cantados. Mas a história é tão fascinante,
que isso não fez muita diferença, além disso, a atuação é um show à parte.
A obra “Os Miseráveis” conta a história de Jean Valjean, preso por
furtar um pedaço de pão e passou 19 anos fazendo trabalhos forçados.
Quando finalmente Jean Valjean é liberto, sob eterna condicional, ele
então passa a vagar pelas ruas, hostilizado e ridicularizado por todo
lugar que vai. O único que lhe dá abrigo é um bispo, que Valjean rouba
por não acreditar mais na bondade das pessoas. Depois de fugir com a
prataria da casa que o hospedou, é levado preso de volta, Jean se
surpreende quando o bispo não só o perdoa como também o ajuda a
recomeçar a vida dando lhe mais prataria e livrando-o da culpa perante
os policiais. A partir daí o ex-prisioneiro decide mudar de vida, e,
tornando-se um rico comerciante, prefeito de uma cidade e dedica sua
vida na ajuda dos necessitados.
Conhece uma moça que logo em
seguida morre, e promete cuidar de sua filha. Então Jean adota a menina
Cosette e eles passam a viver em um convento.
Após anos fugindo ou
se escondendo do seu carrasco da prisão, Javert, eles se reencontram
para um acerto de contas, enquanto Jean salva o genro Marius numa
batalha.
Jean além de perdoar o homem que tanto o perseguiu,
também salva a vida de Javert, este inconformado com a bondade de Jean,
sente-se sem rumo, pois era um homem fiel a Lei e Jean lhe ensinou que a
misericórdia triunfa sobre o juízo.
A história termina com Javert se suicidando, Cosette e Marius casados e Jean Valjean redimido de seu passado morre.
“Os Miseráveis” é a história de um homem que deixou de odiar e aprendeu a amar.Uma história bem espiritual.
Jean Valjean pra mim representa o pecador que era escravo da Lei,
marcado e rejeitado pelos seus erros, abriga o ódio e a descrença em
sua alma, acaba sendo escravo do pecado também. Ao se deparar com a
bondade e a misericórdia do bispo, o condenado é liberto, e inicia uma
nova vida. Ele começa a entender que a misericórdia está acima da
justiça, sem acordos, sem barganhas, sem culpa; a Graça o alcançou.
Durante o filme, fiz questão de verificar alguns trechos no livro
para comparar e vi que alguns diálogos foram idênticos.
Como eu já conhecia a história, eu aproveitei para anotar algumas falas,
querendo fazer uma resenha depois, mas quando se começa ler um trecho
do livro não dá mais vontade de parar, cada página de “Os Miseráveis”
propõe uma longa reflexão, é muito rico. Há tanto pra dizer desta
história, que também tem traços políticos sobre as revoluções francesas,
impossível resumir em poucas linhas uma obra de tamanha magnitude.
Sou uma apaixonada por essa história desde quando assisti ao filme
em 1998. Fiquei comovida com tamanha transformação de vida do
personagem principal. Eu ainda não era cristã, mas foi quando eu entendi
o que significa a palavra conversão que os crentes tanto falavam.
Uma história com princípios bíblicos, hoje eu vejo isso, pois fala de amor, justiça, misericórdia e a escravidão da Lei.
Como não amar "Os Miseráveis"?
Um comentário:
Que resenha maravilhosa!!
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