A vida é feita de escolhas, mais uma das frases de efeito
repetida milhões de vezes. Durante certo tempo acreditei nisso, seriamente. Cria
que tudo o que me acontecia ou era escolha ou desdobramento das minhas
escolhas.
Enfim, cheguei à conclusão que não é bem assim. Como concluí
isso? Ora bolas, pensando, vem comigo!
Eu não escolhi o local do meu nascimento, portanto, não
escolhi minhas condições financeiras, minha cultura e meu idioma. Não escolhi o
meu nome e sobrenome, não escolhi quem seria minha mãe e meu pai. Não escolhi
minha família, as pessoas com quem eu mais convivi e, portanto não escolhi as
maiores influencias da minha formação. Também não escolhi a escola que estudei,
não escolhi os professores, muito menos meus colegas de classe.
A psicologia diz que a formação da personalidade começa no
nascimento e vai até os 5/7 anos (depende da teoria).
A formação da personalidade tem início a partir do
nascimento. Assim, os primeiros anos de vida de uma pessoa são decisivos para a
gênese de sua futura personalidade. Neste período são delineadas as principais
características psíquicas, a partir da relação da criança com os pais, pessoas
próximas, objetos e ambiente. Resumindo, minha personalidade foi formada
baseada em fatores que não foram minhas escolhas!
Além disso, também teve diversas situações
que eu não escolhi; algumas doenças que tive e circunstâncias da minha
vida que não foram minha escolha. Eu poderia continuar enumerando várias coisas
das quais eu não tive escolha, porém
creio que você já entendeu o raciocínio.
Sim, na vida existem escolhas, muitas. No entanto nem tudo
são escolhas.
Agora que já falei das minhas não-escolhas, vou falar das
minhas escolhas.
Eu escolhi não ser vitima das circunstâncias, eu escolhi
superar os obstáculos que a vida me impôs, eu escolhi que as dores do mundo não
vão me derrubar. Eu escolhi escrever uma história que seja inspiradora, que
seja modelo. Ainda estou no meio do caminho, mas escolhi não desistir nunca.
No fim, a escolha mais importante é a minha reação, meu
posicionamento. O que eu faço diante do que me acontece, essa é a escolha mais
valiosa e mais forte que as não-escolhas.
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