Estava refletindo nas cartas paulinas esses dias, principalmente em dois trechos: o espinho na carne que Paulo tinha (2 Coríntios 12:7) e o morrer é lucro e viver é Cristo (Filipenses 1:21).
Fiz
uma correlação entre esses dois trechos. Pensando no que ouvi de um
pastor essa semana, cuja filha é especial, imaginei que seria o espinho
na carne da vida dele, uma responsabilidade maior em relação aos outros
filhos e uma situação que
produz preocupações, angústias quanto ao futuro da garota e o exercício
da fé que essa responsabilidade traz. Tenho pra mim que cada um de nós
tem seu espinho na carne, alguns já descobriram exatamente qual é e
outros ainda estão perdidos em suas crises, sem
saber qual das tribulações fará parte da sua vida como companheira
constante e quais delas serão passageiras.
Como
eu pensei nas duas passagens em sequencia, considerei que o espinho na
carne tem uma relação forte com Filipenses 1:21, já que o viver é
Cristo e nossa maior missão como cristãos é honrar seu Nome e
propagar as boas Novas, talvez o espinho
da carne de cada um seja de uma forma geral para viver e pregar o
Cristo ressurreto.
Há
algum tempo me veio a revelação de que devo usar minha experiência de
vida para falar de Jesus, percebi que minhas dores estão diretamente
ligadas a minha missão como cristã.
Se
o viver é Cristo, o espinho na carne é a forma que Deus faz para que
nosso coração não se desvie do Caminho pela pretensa soberba espiritual
que o crente possa vir a ter, o espinho na carne nos lembra que somos
dependentes do Senhor para
tudo, e a cada dia lutando as batalhas da vida com mais esse incômodo
(o espinho) nos faz mais conscientes de que nossa vida é Dele e o viver
só pode ser Dele também. O espinho na carne nos coloca mais perto
daqueles que precisam de amor, misericórdia e da
Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O
espinho na carne nos diz que o viver é legitimamente de Cristo, pois o
morrer só é lucro quando pensamos no mundo caótico que vivemos, mas
quando pensamos na causa de Cristo, para que estamos aqui, o viver é que
é lucro.
Não
fosse o espinho na carne para nos lembrar do valor da vida e da morte
tendo como parâmetro o Evangelho, estaríamos perdidos entre a vida e a
morte com nossos espinhos.
Tendo em vista isso meu desejo é que nossos espinhos não nos sufoquem, não sufoquem nossas esperanças, mas reforcem nosso propósito de vida.
Um comentário:
Parabéns pelo texto, nobre irmã Márcia.
Ass: Thiago Araújo
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